Entidades prometem processar pastor que diz ‘orar’ pela morte de Paulo Gustavo
O Grupo Gay de Alagoas e outras entidades da sociedade civil querem enquadrar o pastor da Igreja Assembleia de Deus de Alagoas, José Olímpio, no crime de racismo, por conta da declaração do religioso em relação ao estado de saúde do ator Paulo Gustavo, que luta para vencer Covid-19.
O pastor escreveu, na última quinta-feira (16.04), em suas redes sociais: "Esse é o ator Paulo Gustavo que alguns estão pedindo oração e reza. E você vai orar ou rezar? Eu oro para que o dono dele o leve para junto de si". A declaração do pastor desagradou muita gente, ganhou repercussão e gerou uma série de manifestações de repúdio. O pastor homofóbico apagou a postagem e sua conta.
O Grupo Gay de Alagoas informou em sua conta do Instagram que vai protocolar representação no Ministério Público do Estado, junto com outras entidades, solicitando que seja movida uma ação penal pela prática de racismo em desfavor do pastor José Olímpio.
O último boletim médico divulgado pela assessoria do ator informou que as as suas hemorragias foram controladas, mas que ele continua fazendo uso da ECMO (Oxigenação por Membrana Extracorpórea) e seu estado ainda é grave. Paulo Gustavo foi internado há pouco mais de um mês com a Covid-19.
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Veja publicação do Grupo na íntegra
*Grupo Gay de Alagoas e outras entidades da sociedade civil querem pastor homófobico enquadrado no crime de racismo*
No inicio da próxima semana o Grupo Gay de Alagoas e outras entidades irão protocolizar representação no Ministério Público Estadual solicitando que seja movida uma ação penal pela prática de racismo em desfavor do pastor José Olimpio.
O pastor sugeriu nas redes sociais que ora pela morte do ator e humorista Paulo Gustavo, que está intubado em estado crítico na UTI de um hospital na Zona Sul do Rio de Janeiro.
O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que até o Congresso Nacional editar lei específica, as condutas homofóbicas e transfóbicas, reais ou supostas, devem ser enquadradas nos crimes previstos na Lei 7.716/2018.
No seu voto o Ministro Gilmar Mendes ressaltou que “que a criminalização da homofobia é necessária em razão dos diversos atos discriminatórios – homicídios, agressões, ameaças – praticados contra homossexuais e que a matéria envolve a proteção constitucional dos direitos fundamentais, das minorias e de liberdades.
*Para Nildo Correia, as declarações do pastor se configuram claramente entre as condutas homófobicas abrangidas pela decisão do STF. “È nítido o discurso de ódio do pastor, ao desejar a morte do Paulo Gustavo, esperamos que o Ministério Público e a Justiça alagoana façam cumprir a decisão da Suprema Corte. Homofobia é crime!” finalizou.*
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