Empresários do ramo de bota-fora da Cuiabá protestam nesta segunda-feira (19.06) contra a falta de locais para descarte de materiais recolhidos em suas caçambas, bem como, protestam contra taxas abusivas e monopólio da empresa Eco Ambiental no recebimento do material. A manifestação reuniu cerca de 100 caçambas que circularam pela Avenida Fernando Correia, em Cuiabá.
O presidente da Associação de Empresas Locadoras de Equipamento, Adir Arantes informou ao que categoria busca um lugar para descarregar, porém, a empresa Concessionaria do município, somente recebe o Classe A, ou seja, resíduos de demolição.
“Queremos o fim do monopólio. Precisamos de uma empresa que receba todos os resíduos classes A, B,C,e D conforme a resolução 307 do Conama – Conselho Nacional do meio Ambiente. Em Cuiabá só tem uma empresa que recebe só classe A. quando carregamos resíduos classe B chega lá não aceita, não tem onde descarregar, quando temos que jogar em área não licenciada, logo vem os fiscais vão atrás, e, é aquela bagunça”, criticou o presidente.
Que seja construída uma usina de reciclagem, que receba todos os resíduos
Adir Arantes também afirmou que está pleiteando uma tarifa correta em razão de um aumento, considerado pela categoria como ilegal. Segundo ele, a situação já foi informada ao Ministério Público para correção.
“Precisamos de uma tarifa correta reajustou de R$ 32,80 por metro quadrado de produtos coletados o correto é R$ 22,60 por metro quadrado de produtos coletados. Levando esse erro para o Ministério Público. Infelizmente o município não está muito preocupado ao invés de construir uma usina de reciclagem que receba todos os resíduos, preferem contratar fiscal, comprar carro, combustível para ficar o dia todo correndo atrás das empresas locadoras de caçamba”, afirmou Adir Arantes.
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Ao , a assessoria da Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb) informou ser responsável apenas por fiscalização de descarte, não implanta e nem cobra taxa. Na última sexta-feira (16), o diretor-geral da Empresa Cuiabana de Zeladoria e Serviços Urbanos (Limpurb), Júnior Leite, afirmou, que as ações de combate ao descarte irregular de resíduos sólidos continuarão sendo intensificadas na Capital.
“A legislação é clara e estabelece que o gerenciamento e a destinação final de resíduos de construção civil e resíduos volumosos são de responsabilidade de seus geradores e transportadores. Ao Município, cabe fiscalizar a atuação dos agentes envolvidos e é o que vamos continuar fazendo, pois com isso estamos combatendo não só crimes ambientais, mas também ações que causam riscos à saúde pública”, explica Júnior Leite.
O entrou em contato com a assessoria da Agência Municipal de Regulação de Serviços Públicos Delegados de Cuiabá (Arsec), responsável pela fiscalização, porém, não tivemos retorno até o fechamento da matéria.
Atualizada - O diretor de regulação e fiscalização da Arsec, Alexandro de Oliveira afirma, em nota, que a associação protocolou um pedido de revisão sobre o reajuste da tarifa, que está em análise e será votado. Alexandro esclarece que o valor da tarifa previsto no início da concessão era de R$ 15, foi reduzido pelo município para R$ 5 e só foi corrigido para R$15, novamente, em 2015. A Arsec cumpriu o contrato e apurou a diferença entre o valor que era previsto do contrato e o valor inferior determinado pelo município, seguindo as regras legais e contratuais.
Cuiabá conta com dois aterros para receber os materiais da construção civil. A eco Ambiental e mais um local no Distrito Industrial, que recebe apenas os agentes contaminantes. A Arsec afirma que está aumentando a fiscalização para coibir o descarte irregular.
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