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Cidades Quinta-feira, 22 de Janeiro de 2015, 09:40 - A | A

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Deu no Uol

Eder diz que empresa pagou propina de R$ 45 milhões ao governo para se tornar fornecedora dos trens do VLT

A empresa nega a acusação

Uol.com

O ex-secretário da Secretaria Extraordinária para a Copa do Estado de Mato Grosso, Éder Moraes, afirmou, em depoimento no Ministério Público estadual, que a empresa CAF - indústria espanhola produtora de vagões ferroviários - pagou uma propina de 15 milhões de euros (R$ 45,3 milhões) ao governo estadual para se tornar a fornecedora dos trens do VLT (Veículo Leve sobre Trilhos)  de Cuiabá. A empresa nega a acusação.

Esta é a segunda denúncia de pagamento de propina na obra do VLT de Cuiabá. Em agosto de 2012, o UOL Esporte publicou, com exclusividade, a denúncia do então assessor especial do governo de Mato Grosso, Rowles Magalhães Pereira da Silva, de que as empresas CR Almeida e Santa Bárbara, líderes do Consórcio VLT Cuiabá, pagaram uma propina de R$ 80 milhões ao governo estadual do então governador Silval Barbosa para vencer a licitação.

A obra do VLT cuiabano, orçada, em 2012, em R$ 1,47 bilhão, fazia parte da Matriz de Responsabilidade da Copa, que continha todas as obras que as autoridades brasileiras julgavam necessárias para a realização do Mundial de 2014. O sistema de transporte público, porém, ainda não está pronto e nem deverá ser concluído neste ano.

O atual governo mato-grossense (que tomou posse em janeiro deste ano) informou que dará conclusão à obra, que está parcialmente construída e já consumiu recursos públicos, mas que somente no final deste mês poderá dar mais detalhes sobre a situação em que encontrou o projeto, após a conclusão de uma auditoria interna que está sendo executada em todas as obras da Copa.

De qualquer forma, dos R$ 1,47 bilhão do contrato original, assinado entre o governo mato-grossense e o consórcio VLT-Cuiabá, um terço foi para pagar os vagões, recebidos diretamente pela CAF (R$ 488 milhões), que é uma das empresas envolvidas no caso do Trensalão do governo do Estado de São paulo.

Assim, a propina denunciada por Éder seria correspondente a cerca de 9% do valor total contratado.

Já na denúncia de 2012, o então assessor especial do governo e denunciante, Rowles Magalhães Pereira da Silva, chegou a informar ao UOL Esporte com um mês de antecedência qual seria o consórcio que sairia vencedor do certame, afirmando ter havido um conluio entre o governo estadual e todas as empresas concorrentes, que fizeram propostas com valores superiores ao do Consórcio VLT Cuiabá, em troca de vantagens em outras concorrências no país.

A reportagem do UOL Esporte levou à demissão de Rowles do governo e à abertura de investigação no Ministério Público Federal, Ministério Público do Estado de Mato Grosso e Polícia Civil de Mato Grosso.

Meses depois, porém, Rowles voltou atrás em suas declarações, e disse que teria inventado tudo o que disse ao UOL Esporte, e que estava bêbado quando disse tudo aquilo. No ano passado, Rowles saiu candidato a deputado federal por uma coligação partidária da base do ex-governador Silval Barbosa. Ele não foi eleito.

Éder Moraes esteve à frente da Secopa  por um ano, até abril de 2012, quando teria pedido demissão do cargo, três meses antes da assinatura do contrato da obra do VLT. Antes disso, foi chefe da Casa Civil de Mato Grosso também por um ano, de dezembro de 2010 a abril de 2012.

Procurada pelo UOL Esporte, a CAF, por meio de sua assessoria de imprensa, negou com veemência a acusação afirmando jamais ter pago ou autorizado o pagamento de qualquer qualquer propina em seu nome.

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