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Cidades Quinta-feira, 09 de Janeiro de 2020, 08:00 - A | A

Quinta-feira, 09 de Janeiro de 2020, 08h:00 - A | A

Polícia Civil

Delegados criticam exposição da PJC e afirmam que foi desnecessária

Edina Araújo/VG Notícias

VG Notícias

Polícia Civil

 

A reportagem do oticias ouviu alguns delegados da Polícia Civil de Mato Grosso (PJC) sobre o imbróglio envolvendo os dois delegados afastados da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários (Defaz), Lindomar Tófoli e Anderson Veiga, em dezembro do ano passado, e sobre a denúncia de perseguição feita pelo prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro. Alguns delegados aceitaram falar, contudo, pediram para não citar nomes a fim de evitar constrangimento entre os colegas, até porque o caso já está na Corregedoria.

“Essa história foi longe demais, desnecessária, e desgastou uma instituição que não merece esse tipo de desgaste. Os dois delegados foram retirados da Defaz por questões técnicas e por problemas interinstitucionais de relacionamento, inclusive com o Ministério Público e Poder Judiciário”, revelou um dos entrevistados ao oticias.

Revelou que foram inúmeras reclamações no decorrer de seis meses, com e problemas de toda ordem contra os delegados afastados, e a diretoria da Polícia Judiciária Civil (PJC) ainda tentou contornar a situação. Porém, chegou uma hora que a situação se tornou insustentável e eles foram removidos, mas tudo isso antes do episódio do prefeito Emanuel Pinheiro. “Quando o fato do prefeito Emanuel Pinheiro veio à tona, os dois delegados não poderiam, de maneira alguma, terem se omitido, sabedores que eram inverídicas aquelas insinuações e nada daquilo procedia. Mas se calaram e o caso foi para a Corregedoria, e assim que concluírem, a verdade virá à tona”, contou.

Ainda conforme as fontes, desde que a investigação chegou à Delegacia de Combate a Corrupção (Decor) está sob os auspícios dos delegados Sylvio do Vale e Rafael Scatolon, permanecendo com os mesmos desde então, com o apoio do delegado José Ricardo. “Então não há o que falar sobre perseguição política. As providências estão sendo tomadas e ninguém tem interesse de prejudicar o prefeito e nem outra pessoa qualquer. Tanto é que está provado que tudo não passou de uma farsa. Então ficou claro, na verdade, o que se quis com aquele barulho todo é que os dois delegados mantivessem na Defaz, mas a Polícia Civil, através da diretoria, já tinha tomado à decisão de fazer a modificação”.

À época dos fatos, acusaram o delegado-geral, Mário Demerval, de ser político. “Realmente, ele tem que ser político, ser bem articulado, caso contrário os projetos e ações que precisam ser implementadas na Polícia não avançam”, defende uma das fontes.

“E só foi possível conseguir uma sede para a Polícia Civil, a implantação do inquérito eletrônico, o prédio da PGE que será reformado, diminuir o custeio da polícia pela metade, a Polícia Civil de Mato Grosso é no país a que mais conseguiu recurso para implantação da Deccor, cerca de R$ 2,5 milhões, recursos de emendas parlamentares, recursos de convênios federais. Não teria conseguido avançar se não fosse político, se não fosse bom articulador. A diretoria tem feito um bom trabalho, mas, infelizmente os delegados queriam se garantir nas cadeiras e ai acabou gerando muita conversa desnecessária que só enfraquece a instituição”.

Sobre o depoimento da servidora que acusou o prefeito Emanuel Pinheiro de armação contra o vereador Abílio Júnior, em encontro na casa de Juca do Guaraná, os delegados ouvidos pelo otícias não quiseram se manifestar, limitaram-se a dizer que a investigação está sob sigilo.

Para finalizar, os entrevistados consideraram que o Sindicado dos Delegados também acabou de alguma forma ajudando a expor a instituição, quando emitiu nota em favor de dois delegados por considerar “injusta” a remoção e, em nenhum momento, defendeu o delegado-geral, quando o prefeito Emanuel Pinheiro o colocou sob suspeição. “O Sindicato não agiu corretamente. Errou como instituição da categoria, não deu o mesmo tratamento”.

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