O 1º comandante do Comando Regional de Bombeiros Militar (CBM), tenente-coronel Heitor Fernandes da Luz, afirmou em entrevista à imprensa na manhã desta segunda-feira (15.07) que o Shopping Popular possuía alvará vigente até o dia 19 de dezembro de 2025.
O comandante enfatizou, no entanto, que a regularização não significa que a edificação está completamente isenta de pegar fogo. Segundo o militar, a edificação tinha o projeto de incêndio aprovado, que não é estrutural, e sim o projeto dos preventivos.
"Eles tinham o projeto aprovado, mas não era estrutural, era o projeto preventivo, mas o alvará vigente não significa que está isento de pegar o fogo", afirmou o comandante.
Heitor disse que a câmera do Vigia Mais captou o início de fumaça no Shopping Popular de Cuiabá, por volta das 00h26, sendo o Corpo de Bombeiros foi acionado somente às 00h46.
“Existem alguns relatos, eu confesso que não vi, mas imagens de câmeras de segurança internas, mostram o princípio de incêndio e logo o local consumido em 2 minutos. O incêndio se alastrou com grande velocidade”, ponderou Heitor.
Conforme o comandante, o vigilante do shopping comunicou às guarnições que as chamas iniciaram nas bancas próximas da região da Carmindo de Campos. Heitor enfatizou que no local havia muito material combustível, o que fez com que o fogo se alastrasse muito rápido e tomasse conta do prédio.
O comandante explicou que os bombeiros permanecem no local, pois existem ainda pequenos focos de incêndio com chamas azuis, que segundo Heitor, indica algum líquido inflamável, ou algum tipo de gás, botija das bancas de camping, ou perfume com álcool, entre outros.
Em relação à estrutura do local, o tenente-coronel disse que o prédio principal ficou completamente destruído, sendo que apenas foi possível isolar o prédio da área administrativa, que ficou intacto. Ainda segundo ele, a preocupação foi preservar o Lar dos Idosos que fica ao lado e uma casa dos cilindros de gás na região.
Sobre as causas do incêndio, o comandante esclareceu que o trabalho agora é com a Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec). “Somente eles vão conseguir identificar de onde se originou o fogo. O nosso trabalho é o combate às chamas”, concluiu o tenente-coronel Heitor Fernandes da Luz.
Mais cedo o comandante do Corpo de Bombeiros (CBM), coronel BM Flávio Gledson Vieira Bezerra, também conversou com a imprensa, e explicou que um princípio de incêndio é para ser controlado com os preventivos fixos, ou seja, como foi feito, primeiro o vigilante tentou controlar o fogo, e ao entender que não conseguiria acionou a corporação.
“Em 7 minutos a gente tinha a primeira viatura no local. Então eu posso dizer que o atendimento foi adequado. Realmente o prédio tem alta carga de incêndio. E quando algum tipo de incêndio desse acontece, a gente tem uma propagação muito rápida. A gente pode ver que a parte administrativa do prédio não foi atingida, porque houve um trabalho do bombeiro”, enfatizou o comandante da Corporação.
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