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Cidades Sexta-feira, 02 de Março de 2018, 10:49 - A | A

Sexta-feira, 02 de Março de 2018, 10h:49 - A | A

GRAMPOLÂNDIA PANTANEIRA

Coronel da PM afirma que núcleo de grampos foi criado sem autorização

Lucione Nazareth/ VG Notícias

O juiz Murilo Moura Mesquita, da 11ª Vara Criminal Militar, realiza na manhã desta sexta-feira (02.03) a terceira audiência de instrução no processo contra militares acusados de participarem do esquema de interceptações telefônicas ilegais em Mato Grosso.

No processo, são réus os coronéis Zaqueu Barbosa, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, Ronelson Jorge de Barros, o tenente-coronel Januário Antônio Batista e o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior.

Os promotores de Justiça Arnaldo Justino da Silva, Marco Aurélio de Castro e Marcos Bulhões dos Santos (responsáveis por investigar o caso conhecido como grampolândia pantaneira) estão previstos para serem ouvidos.

Além deles, estavam previstos o governador Pedro Taques e o ex-secretário chefe da Casa Civil, Paulo Taques. Porém, o juiz Murilo Moura os dispensou sob alegação que ambos são investigados no Superior Tribunal de Justiça por fatos semelhantes ao processo que os militares respondem.

O primeiro a prestar depoimento foi o promotor de Justiça Arnaldo Justino da Silva. Ele disse que atuou com o cabo Gérson Corrêa e outros militares no Gaeco, e que todas as interceptações telefônicas no órgão são feitas com autorização judicial, sendo que as análises eram feitas pelo cabo.

O promotor afirmou que nos cinco anos que ficou no Gaeco (junho de 2009 e março de 2015) nunca presenciou qualquer descumprimento de ordens de superiores no órgão por parte do cabo Gerson.

Ele citou ainda, que a denúncia dos grampos foi protocolada na Procuradoria Geral de Justiça (PGJ) por Mauro Zaque, e na época ele (Arnaldo) estava de férias.

Além disso, o promotor afirmou que como estava de férias ficou sabendo da denúncia pela imprensa. Arnaldo Justino foi a pessoa quem recebeu as investigações após declínio de competência a PGJ.

O segundo a prestar depoimento é o coronel da PM, Nerci Adriano Denardi. Ele diz que já realizou trabalho na Polícia Militar denunciando colegas de farda por desvio de conduta, mas que o coronel Zaque sempre teve uma “conduta exemplar”.

Denardi garantiu que o grupo de militares, suspeitos de montarem a interceptação telefônica, foi criado dentro da PM sem prévia autorização.

Atualizada às 11h20 - Logo após o coronel  está sendo ouvido o major da PM, Lucélio Ferreira Martins, que trabalhou no GAECO. Ele disse que trabalhou com o cabo Gérson Corrêa nas interceptações telefônicos no GAECO e que colega de farda era “eficaz” no trabalho das interceptações.

Lucélio revelou que erros ocorriam nos grampos do Grupo de Combate ao Crime Organizado, mas que eles eram sanados após serem realizadas revisões nas interceptações. Sobre os erros, ele cita que os mesmos ocorriam devido ao excesso de trabalho.

Ele disse acreditar que o cabo Gérson não teria interesse em ouvir pessoas que não eram investigadas, e que seria difícil o militar prestar serviço fora do GAECO pelo fato deles muitas vezes dormirem no órgão para tentar “adiantar o serviço”.

Atualizada às 11h40 - Após o coronel que prestou depoimento foi o ex-policial militar, Genivaldo Silva (atualmente investigador da Polícia Civil). Ele contou que trabalhou com o coronel Zaqueu no Comando Geral, e que o coronel solicitou uma pesquisa sobre interceptações telefônicas e seus aspectos legais, mas que o pedido não foi feito formalmente.
No depoimento, ele disse que a acreditou na época que a pesquisa poderia se tratar de alguma investigação compartilhada.

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