A entrega do Residencial Colinas Douradas I e II, do programa “Minha Casa Minha Vida", localizado em Várzea Grande, é uma promessa para população que vem se arrastando desde 2017, quando foi anunciado a retomada das obras, e confirmada a entregua para 2018, conforme as Placas de Identificação em frente ao Residencial.
No entanto, após várias paralisações, pedido para novos investimentos, anúncio para cadastro, sorteios, lista de contemplados, o residencial teve mais uma vez as obras paralisadas. Em setembro de 2019, a Prefeitura informou que Conjunto Habitacional apresentava problemas no projeto de saneamento básico, que foram reprovados pelo Departamento de Água Esgoto de Várzea Grande (DAE/VG).
Em 12 de agosto, a Caixa Econômica Federal encaminhou à reportagem do VGN uma nota, informando que a companhia de saneamento local alterou as diretrizes originalmente emitidas - e solicitou adequações aos projetos iniciais, que estão em fase final de elaboração e aprovação e poderão necessitar de aporte de recursos adicionais para o atendimento.
Em resposta à Instituição, o presidente do DAE/VG à época, Ricardo Azevedo, negou qualquer culpa da autarquia no atraso das obras, justificando que a obra não era de responsabilidade da Autarquia. Ele ainda informou, na ocasião, que a construtora responsável pela primeira parte das obras apresentou projeto sobre o saneamento básico, porém, não estava em conformidade com as exigências legais.
Após vários impasses, em agosto de 2020, o senador Jayme Campos (DEM) afirmou que residencial estava faltando só o ‘tico tico’, coisa insignificante, e garantiu que estava articulando com o Governo do Estado a conclusão das obras e possível entrega para o final do ano passado, coisa que não ocorreu.
Em setembro de 2020, o Residencial Colinas Douradas foi invadido por mais de 1 mil famílias, teve uma assassinato no local, e a situação ficou mais complicada. A Caixa Econômica ingressou com ação de reitengração de posse e só conseguiu reaver o imóvel na Justiça três meses depois.
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No início de 2021, a reportagem do VGN entrou em contato com a Instituição para saber do andamento das obras, e o banco informou que estava sendo realizado um levantamento técnico dos danos físicos provocados pela ocupação irregular do empreendimento, com previsão de finalização para fevereiro.
Nesta semana, a reportagem entrou em contato com a Caixa para saber se já teria sido definido o orçamento e cronograma necessários para a conclusão do Conjunto Habitacional. A Instituição, por meio de nota informou que foi realizado o levantamento técnico dos danos físicos provocados pela ocupação irregular do empreendimento, para definição do escopo e orçamento de serviços para sua conclusão.
A Caixa disse que aguarda que o Departamento de Água e Esgoto de Várzea Grande (DAE/VG) apresente solução definitiva para viabilidade de abastecimento de água e tratamento de esgoto do conjunto habitacional, com projetos e orçamentos referenciais para execução das obras de infraestrutura, para que seja possível concluir a análise do orçamento total necessário para conclusão e habitabilidade da obra.
“Após isso, será dado encaminhamento para as soluções orçamentárias junto ao Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) e aos Entes Públicos locais, com vistas a viabilizar a retomada das obras do residencial e da infraestrutura externa, cuja estimativa é para o segundo semestre de 2021”, concluiu a Caixa Econômica Federal.
Outro lado – A reportagem do VGN conversou na última quinta-feira (29.04), com o presidente do Dae, Carlos Alberto Simões de Arruda, e ele disse que solicitou as informações, no entanto, ele afirmou que não houve resposta. Ontem, a reportagem tentou contato novamente com o presidente do Dae e não obteve retorno até o fechamento da matéria.
Vale destacar, que há quatro meses, 52 famílias estão “alojadas” no Ginásio Valdir Pereira, no bairro Mapim, em Várzea Grande, com futuro incerto e vivendo do assistencialismo concedido pela Prefeitura Municipal de Várzea Grande. O município alega que as famílias não têm “direito” a receber moradias e a questão está sendo debatida na Justiça Federal.
Os moradores estão alojados no ginásio municipal desde 16 de dezembro de 2020, em decorrência de processo de desapropriação das casas do Residencial Colinas Douradas, no bairro Tarumã, localizado nas imediações da Rodovia Mario Andreazza.
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