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Cidades Quarta-feira, 08 de Abril de 2020, 18:32 - A | A

Quarta-feira, 08 de Abril de 2020, 18h:32 - A | A

Arrecadação

Comércio e indústria sofrem com pandemia, supermercados e medicamentos faturam

Adriana Assunção/VG Notícias

O boletim especial da receita estadual que analisou os impactos das medidas de combate à Covid sobre a atividade econômica e também sobre as despesas públicas relativos ao período de 16 de março a 03 de abril previu queda na receita do ICMS do Estado.

Segundo o boletim, neste mês a queda chegará a 32%. Era esperado arrecadar R$ 896 milhões, mas são previstos R$ 610 milhões, ou seja, R$ 286 milhões a menos que a receita estimada. Desse total, a queda maior é a do setor do comércio e serviços, com uma arrecadação de R$ 372 milhões, ou R$ 163 milhões a menos que a previsão inicial, que era de R$ 535 milhões de reais.

Conforme o levantamento feito pela Secretaria Adjunta da Receita Pública (Sarp) da Secretaria de Fazenda (Sefaz) divulgado nessa terça-feira (07.04) é previstas queda de arrecadação no setor do comercio, da indústria (no segmento de etanol), no agronegócio e no varejo (tecidos, calçados e confecções), bem como, no segmento de bares e restaurantes.

Os setores mais impactados pela pandemia foi o comércio que registrou uma queda de 23% no faturamento. Antes do surgimento vírus, o segmento obteve um faturamento médio diário de R$ 553 milhões. Na última semana, o setor desacelerou a queda, porém fechou com decréscimo de 19%.

O comércio atacadista a média diária de faturamento reduziu de R$ 277 milhões para R$ 224 milhões, totalizando uma queda R$ 33,2 milhões (12%) na arrecadação. O subsetor mais impactado foi o comércio atacadista geral, que respondeu à quase totalidade da queda em todo o setor, registrando em valores absolutos uma redução de R$ 33,6 milhões.

O setor do agronegócio foi impactado já no final do mês de março, entre os dias 23 e 27, com uma queda de 13% em seu faturamento. Tanto no início da crise decorrente da propagação do novo coronavírus, como na última semana foi possível notar um crescimento do segmento, chegando a 7%.

O subsetor de tecidos, calçados e confecções, junto com o comércio de bens duráveis (exceto veículos) responderam a mais de 70% da retração registrada no período analisado. A queda nas vendas de tecidos, calçados e confecções foi de R$ 7,07 milhões e de R$ 5,15 milhões no comércio de bens duráveis, como eletrônicos e móveis.

O segmento de etanol foi o mais impactado no setor da indústria. Conforme dados apontados no boletim, a arrecadação média diária do setor reduziu de R$ 28 milhões para R$ 15 milhões neste período, correspondendo a uma retração de 48%. As indústrias de bebidas e frigoríficas, registraram quedas de 47% e 36%, respectivamente. Já a agroindústria teve uma redução de 14% em seu faturamento médio diário.

Antes da pandemia do novo coronavírus, a média diária do faturamento do setor industrial era de R$ 233 milhões. Dados analisados pelo Fisco estadual apontam que a queda maior neste segmento foi de 28%, ocorrida entre os dias 30 de março e 03 de abril.

Alta no faturamento - Por outro lado, o comércio atacadista como no varejista, o segmento de alimentos e supermercados registrou um aumento na arrecadação média diária. Esses estabelecimentos comerciais são considerados essenciais e mantiveram o atendimento ao público respeitando as orientações dos órgãos de saúde.

Também foi apontado aumento em relação aos produtos farmacêuticos, médicos e hospitalares para uso humano o boletim aponta um aumento de faturamento de 50% na primeira semana após as medidas de combate ao novo coronavírus, adotadas pelo Governo de Mato Grosso. Os dados foram analisados tanto no comércio varejista quanto no atacadista de medicamentos e fármacos.

Projeção - Segundo o secretário de Fazenda, Rogério Gallo, para o trimestre entre abril e junho, o relatório aponta queda na receita do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), principal tributo arrecadado pelo Estado, chegará 42%. A previsão inicial seria de arrecadar no período R$ 2,6 bilhões, mas não deverá passar de R$ 1,5 bi. (Com informações Assessoria)

 

 
 

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