Preocupados com as possíveis consequências negativas que a implantação do BRT (Bus Rapid Transit) pode ocasionar ao comércio na avenida Couto Magalhães, em Várzea Grande, os empresários e comerciantes cobraram do Governo do Estado e Prefeitura Municipal os estudos dos impactos econômicos da passagem do modal pela avenida, projeto e cronograma das obras.
O conversou na manhã desta terça-feira (29.08), com empresário Guilherme da Rede de fast-food - Subway, e ele disse que a categoria não é contra o BRT na Couto Magalhães, e sim contra a falta de transparência de como serão realizadas as obras, pois segundo ele, não existe nada em lugar nenhum, não tem cronograma e nem projeto para saber a real didática de trabalho.
Na semana passada, terça-feira (22.08), a Comissão do Comércio participou da Audiência Pública EIV-RIV BRT, realizada na Câmara de Vereadores, e apresentou pautas em relação às obras do BRT, no que compete as áreas como, estacionamento, calçadas, carga e descarga, trajeto do BRT, usuários do BRT, obras e impactos econômicos.
Em relação ao estacionamento, ou a falta dele na avenida, é umas das maiores preocupações dos empresários, uma vez que será reduzido ainda mais para dar passagem a pista do BRT, e eles querem saber o andamento do projeto do estacionamento rotativo" e "bolsões de estacionamento”, propostos pela Prefeitura com previsão para novembro de 2023. Segundo eles, não foi informado se já está tramitando na Câmara e nem quais ruas irá abranger.
Outro assunto são as calçadas, considerando que atualmente em alguns pontos da avenida as calçadas disponíveis para circulação de pedestres não atendem as normas brasileiras de segurança e inclusão. A dúvida dos comerciantes é se as calçadas localizadas onde pretende-se aumentar o fluxo de pedestres serão padronizadas e quais normas de padronização irão seguir para dar segurança aos pedestres, e ainda quem ficará responsável pelo custo desta padronização.
Conforme Guilherme, questionamentos esses que os empresários vêm fazendo ao longo das conversas, e no momento, a resposta vinda da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Logística (Sinfra-MT), é “contrapartida da Prefeitura de Várzea Grande”.
Para o empresário, a transparência das obras e como ficará a avenida, é o ponto crucial, uma vez que eles não podem ser prejudicados. Eles citam alguns pontos como a preocupação durante a carga e descarga de produtos, pois atualmente os caminhões param em frente ao comércio, e com a pista do lado direito da avenida sendo única para o BRT, eles querem saber onde esses caminhões vão estacionar para o carregamento e descarregamento.
O empresário Guilherme, ao citou transtornos que também podem ocorrer durante as obras se não tiverem um estudo da avenida. Segundo ele, esses dias funcionários do Departamento de Água e Esgoto do município (DAE/VG), precisaram refazer um encanamento, remendando o cano em frente à sua loja, que fica do lado direito – lado esse que passará o BRT.
“A Sinfra vai quebrar e refazer o asfalto, imagina a patrola passando, acha um cano, estoura, eu fico quantos dias sem água? Não existe um projeto, aí o DAE e a Sinfra vão rasgar a Couto para refazer o encanamento de água, e como fica meu comércio?”, questionou Guilherme.
Para o empresário, ainda há outro ponto: “Sem cronograma não sabemos quanto tempo a avenida vai ficar paralisada. Se eles pegarem duas vias para caminhão, máquinas para trabalhar, como será feito? Vai poder estacionar carro na esquerda durante as obras? Se não, como nossos clientes vão chegar até nós? Não somos contra o BRT, somos contra ser prejudicados, por isso queremos ver e conversar junto sobre o projeto e cronograma dessas obras”, ponderou.
Guilherme disse que outra preocupação é o início das chuvas. Segundo ele, consta do contrato que a Sinfra terá que fazer ou refazer a pluvial da Couto Magalhães se necessário, e como ficaria o tempo dessa obra, caso saia do papel. Para o empresário nunca será entregue como divulgaram na mídia, que seria entre setembro a novembro.
No final dos questionamentos, os comerciantes solicitaram que as obras do BRT na avenida Couto Magalhães não sejam iniciadas até que novos estudos demostrando os impactos dos problemas levantados pelos empresários sejam apresentados e discutido juntamente com os setores do comércio imobiliário.
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