Após sete horas de cirurgia, a moradora de Cuiabá, Carmem Regina da Silva Medrado, de 47 anos, doou o rim para a irmã, Glacelise Bettini, 42 anos, e o Estado de Mato Grosso retomou assim os transplantes renais paralisados há 10 anos no Estado.
De acordo com o Governo, o transplante foi realizado nessa terça-feira (14.01) no Centro Cirúrgico do Hospital Santa Rosa, em Cuiabá, unidade credenciada pelo Ministério da Saúde para realizar a operação de transplante renal no Estado.
O governador Mauro Mendes, acompanhado da primeira-dama Virginia Mendes, comemorou o resultado do retorno deste importante serviço de saúde no Estado. Ele destacou que os pacientes que aguardam pelo procedimento poderão realizar a cirurgia que será ofertada pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
“Após 10 anos, depois que nós perdemos a habilitação para fazer transplante renal aqui nos hospitais do Estado, estamos reativando o serviço. Mato Grosso era um dos poucos estados brasileiros que não realizava essa cirurgia”, ressaltou o governador.
Além disso, Mendes disse que a reativação do serviço irá proporcionar um “alivio” aos pacientes, pois com essa oferta de transplante renal, todos poderão realizar a cirurgia sem precisar sair de Mato Grosso. “São quase mil pacientes em nosso Estado que têm indicação clínica para transplante. Esses pacientes poderão procurar nossa Secretaria para realizar os procedimentos e, nos próximos meses, se Deus quiser, essas pessoas terão suas dores e sofrimentos aliviados pela possibilidade da realização desse procedimento feito em Mato Grosso”, disse.
O programa de transplante renal iniciou suas atividades em 1999. Porém, a última cirurgia de transplante de rim realizada em Mato Grosso ocorreu em maio de 2009. O reflexo da desativação desse procedimento foi o acúmulo de pacientes na fila de espera e que precisaram ser encaminhados para outros Estados para realizar o procedimento.
De acordo com os dados da Central de Transplante da SES-MT, atualmente, 1.800 pacientes estão realizando hemodiálise. A estimativa é de que 50% dessas pessoas tenham indicação para o transplante renal.
Economia na saúde: A reativação do procedimento cirúrgico de transplante renal irá gerar uma economia no orçamento do Governo de aproximadamente R$ 10 milhões por ano. De acordo com a secretária adjunta de Regulação, Controle e Avaliação da SES-MT, Fabiana Bardi, o Estado ficava responsável pelo custeio do tratamento e desembolsava valores exorbitantes para atender e garantir a prestação de saúde aos pacientes por meio Tratamento Fora de Domicilio (TFD).
“Nós últimos anos, o Estado vem gastando com o (TFD), principal órgão de encaminhamento desses pacientes para outras cidades, algo em torno de R$ 22 milhões. Deste total gasto, 50% era exclusivo para atender pacientes da nefrologia. Com a retomada do transplante dentro do Estado, é estimada uma economia de aproximadamente 10 milhões”, explicou a Fabiana Bardi.
Outro importante benefício é a agilidade do processo para a realização da cirurgia aos pacientes de Mato Grosso. Antes da reativação do procedimento, todos eles dependiam da disponibilidade do agendamento em perspectiva nacional, gerando um maior tempo de espera. Agora, o tempo de espera é reduzido e a SES-MT garante aos pacientes toda a assistência com medicação, consultas e vigilância do processo. (Com Secom/MT).
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