Bancários de Mato Grosso decidem entrar em greve por tempo indeterminado a partir da zero hora da próxima terça-feira (18.09). A decisão da paralisação das atividades nas agências bancárias foi tomada em assembleia realizada no auditório do Sindicato dos Bancários de Mato Grosso (SEEB-MT) na noite da última quarta-feira (12).
Seis mil bancários do Estado, distribuídos em mais de 300 agências, vão cruzar os braços porque as negociações com os bancos não apresentaram avanços na área de segurança, melhores condições de trabalho e valorização da classe.
O Comando Nacional dos Bancários considerou a proposta apresentada pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 6% insuficiente em 28 de agosto aos bancários - o que contraria a proposta apresentada pela categoria na última rodada de negociação, como explicou o diretor do SEEB-MT, John Gordon.
“6% é pouco pelo lucro que os bancos tiveram no primeiro semestre deste ano. Os bancos Itaú/Unibanco tiveram lucro de R$ 6 bilhões, Santander R$ 3 bilhões e CEF 2,9 bilhões”, ressaltou o diretor.
Já o presidente do SEEB-MT, José Guerra, disse que o trabalho dos bancários têm que ser valorizado, com mais contratação no sistema financeiro.
“Vamos parar no dia 18 e vamos mostrar aos banqueiros que estamos em luta por mais valorização e melhores condições de trabalho. Os lucros dos bancos somos nós que trazemos”, disse o presidente.
Os trabalhadores reivindicam mais segurança nas agências bancárias, valorização do piso, Participação nos Lucros e Resultados (PLR) de três salários mais R$ 4.961,28 fixos, mais contratações e garantias contra demissões imotivadas, entre outros.
Os bancários também reivindicam reajuste salarial de 10,25%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação projetada de 4,97. O salário dos trabalhadores bancários é em torno de R$ 1.400,00 e os bancários reivindicam piso da categoria equivalente ao salário mínimo do Dieese (R$ 2.416,28).
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