O ator e humorista André D’Lucca, denunciou em suas redes sociais suposto fura-fila da primeira dose da vacina contra covid-19 (CoronaVac), que deveria ser aplicada em profissionais da Saúde que atuam na linha de frente contra o vírus, em Cuiabá.
De acordo com D’Lucca o advogado Leonardo Amorim, que consta lotado como coordenador especial da Policlínica do Pedra 90, e que estaria de licença desde setembro, conforme o Portal Transparência, foi vacinado indevidamente.
Em sua defesa, Leonardo comentou que trabalha na recepção da Policlínica e acaba atuando na linha de frente da Covid, já que segundo ele, atende diretamente pessoas infectadas.
“Gostaria de esclarecer que muito mais do que advogado trabalho na recepção da policlínica do Pedra 90. Eu entrei por meio de um processo seletivo, sem que tenha qualquer indicação. Sendo assim, me é permitido tomar a vacina, pois trabalho diretamente com pessoas infectadas. Não sou coordenador, sou um mero recepcionista, que trabalha como advogado também (SIC)” postou.
Em contrapartida, D’Lucca reafirma que o servidor está afastado e isso o descredencia para receber a vacina. “Está afastado, você furou a fila sim senhor. Chegou vacina para 1/3 dos profissionais linha de frente. Que estão dentro de UTIS e ENFERMARIAS e nem todos terão vacina nesse momento. Uma pessoa afastada não é linha de frente nesse momento. Eu trabalho dentro de hospitais como Doutor Palhaço e estou louco pra voltar. Também tenho comorbidade mas não posso furar a fila em respeito aos que estão dentro de UTIS cuidando DIARIAMENTE DOS DOENTES DE COVID (SIC)” revidou o ator.
Em resposta, Leonardo confirmou seu afastamento, mas disse que, por “ter comorbidade e ser profissional da saúde, se torna mais do que necessário ele tomar a vacina, para que possa voltar ao seu posto de trabalho”.
“De fato, estou afastado por causa da COVID-19, não sendo necessário esclarecer por qual motivo, por ser um assunto que diz somente a mim. Por apresentar comorbidade e ser profissional da saúde se torna mais do que necessário tomar a vacina, para que assim eu possa voltar ao meu posto de trabalho. Mesmo que eu não tomasse na primeira leva, na segunda ou terceira eu tomaria. Tomar a vacina na primeira leva, não é imoral ou antiético, pois é meu direito como profissional da saúde lotado em uma unidade que atende pessoas infectadas tomá-la, sendo que o quanto antes eu tomar, o mais rápido eu poderei voltar. Sendo assim, quando eu fui tomar, estava no exercício regular do meu direito, tendo meu nome, inclusive, na lista das pessoas que deveriam tomar. A coordenação da policlínica e a secretaria de saúde já esclareceram, que sim eu deveria tomar, ainda mais levando em consideração todos os pontos já apresentados. Encerrado esse assunto! (SIC)” comentou o servidor.
O que diz a Secretaria de Saúde de Cuiabá – Em nota, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) informou que Leonardo Rodrigues Amorim atua como celetista, administrativo de nível superior, atuando na Policlínica do bairro Pedra 90 como recepcionista. “Ele encontra-se afastado das atividades por ser do grupo de risco em decorrência de comorbidade” explicou.
Ainda, segundo a nota, o servidor foi vacinado por constar na lista de trabalhadores de unidades de saúde que atendem pacientes acometidos pela Covid-19.
“Tão logo ele conclua o cronograma de imunização, ele retornará às atividades laborais. A SMS destaca que, desde o início da pandemia, toda a rede de saúde sofreu com o déficit de trabalhadores, seja por fazerem parte do grupo de risco ou por terem se infectado no exercício da profissão e a imunização desses servidores é de extrema importância para que a rede esteja totalmente preparada para atender à população. A SMS ressalta que o plano nacional de imunização contra a Covid-19, do Ministério da Saúde, inclui trabalhadores da saúde no grupo 1, ou seja, não somente profissionais com formação na área da saúde, independentemente da função que exerçam” diz nota.
Ao final, a SMS informou que todos os trabalhadores de unidades de saúde do município onde são realizados testes de COVID-19 serão imunizados, desde o vigilante até o médico.
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