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Divisor de opiniões da população mato-grossense, o mutirão da Catarata, na “Caravana da Transformação”, criada na gestão do ex-governador do Estado, Pedro Taques (PSDB) pode voltar no atual governo.
É o que pretende o projeto de Lei n° 187/2019 de autoria do deputado estadual, Wilson Santos (PSDB) e aprovado em primeira votação nesta quarta-feira (29.05) na Assembleia Legislativa.
Para entrar em vigor, o projeto deve ser aprovado novamente pelo plenário após cinco sessões ordinárias, conforme prevê o Regimento Interno. Em seguida, segue para ser sancionado pelo governador Mauro Mendes Ferreira (DEM).
A “Caravana” realizava cirurgias oftalmológicas gratuitas ao percorrer municípios do interior de Mato Grosso.
Na justificativa do projeto de lei, Wilson cita que as caravanas da transformação deverão ter o apoio de equipe médica formada por profissionais qualificados e aparelhos de alta tecnologia que assegurem a qualidade do processo cirúrgico.
Ressalta ainda que todos os procedimentos serão supervisionados por equipes da Vigilância Sanitária, e os pacientes terão ainda a garantia de acompanhamento médico após a cirurgia. Os atendimentos serão realizados por meio de regulação, junto ao Sistema Único de Saúde (SUS), sem custos à população.
Pelo projeto do deputado Wilson Santos a Caravana da Transformação ainda vai ter sua oferta de serviços ampliada pelo governo do Estado.
“A ideia é que seja oferecido serviços de cidadania que auxiliam em demandas como a confecção de documentos de identificação, certidões, mutirões fiscais para regularização de débitos, declarações de hipossuficiência, orientações sobre o cadastro do Bolsa Família e CadÚnico, solicitação da carteira de reservista, alistamento militar, mutirão fiscal, cursos, palestras e exposições”, diz trecho do projeto.
Polêmica: Possíveis fraudes na Caravana foram divulgadas na imprensa local e chegaram ser veiculadas no programa dominical, Fantástico, da Rede Globo, em 11 de novembro de 2018.
A empresa de Riberião Preto (SP) foi acusada pelo MPE de ‘maquiar’ números para receber do Governo do Estado por cirurgias de catarata e pterígio que não teriam sido realizadas.
Na reportagem, o Fantástico mostrou a história do consultor Miguel de Oliveira que foi atendido pela Caravana. A cirurgia de catarata constava como realizada, mas exames feitos em um médico particular mostraram que a lente que deveria ter sido aplicada no olho de Miguel não estava no local. O homem estava cego do olho direito. A empresa ofereceu um novo procedimento a ele.
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