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Cidades Quinta-feira, 23 de Abril de 2020, 11:34 - A | A

Quinta-feira, 23 de Abril de 2020, 11h:34 - A | A

Tumulto

Aglomerações em frente a Caixa Econômica causam indignação e contradiz decisão que fechou comércio

Edina Araújo e Adriana Assunção/VG Notícias

As longas filas e excesso de aglomerações em frente a Caixa Econômica Federal localizada na avenida Filinto Muller, em Várzea Grande, continuam nesta quinta-feira (23.04). No local, também não é respeitada à recomendação para manter o distanciamento mínimo de 1,5m entre as pessoas, bem como muitos usuários se encontram sem máscara para evitar a contaminação pelo novo coronavírus (Covid-19).

O excesso de pessoas se deve a busca por informações ou pelo saque do Auxílio Emergencial do Governo Federal “coronavoucher” – uma ajuda de custo de R$ 600,00 para profissionais informais em todo país.

A aglomeração foi flagrada pela reportagem do otícias que ouviu a população e questionou um funcionário da agência bancária se havia limitação no número de senhas. Ao oticias o funcionário informou que o Procon estadual determinou a distribuição de 300 senhas dias.

Mesmo localizada ao lado da Delegacia da Polícia Civil, a cena corriqueira vem causando indignação pela falta de fiscalização, bem como, a contradição à decisão do desembargador do Tribunal de Justiça, Mário Roberto Kono de Oliveira, que a pedido da Defensoria Pública de Mato Grosso decidiu pela suspenção do decreto da prefeita Lucimar Campos (DEM), que permitia a abertura do comércio. Na decisão, Kono alegou que não estavam sendo cumpridas pelos estabelecimentos comerciais do município, as medidas para evitar aglomerações e prevenir a disseminação do Covid-19. O comércio em Várzea Grande continua fechado, porém, o município não está fiscalizando a aglomeração em frente a Caixa.

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Vale lembrar que na primeira quinzena de abril, o Comitê de Enfrentamento ao Novo Coronavírus de Várzea Grande informou que apesar de os bancos oficiais serem “casos especiais”, eles podem ser fechados se não adotarem meios e mecanismos para fazer o atendimento sem aglomeração e com as regras exigidas no decreto municipal. Segundo o Comitê, as fiscalizações seriam intensificadas nos estabelecimentos comerciais do município.

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Questionado se o Comitê tem fiscalizado, o secretário de Comunicação de Várzea Grande, Marcos Lemos, informou ao oticias que todos os bancos foram notificados sobre as medidas sob pena de multa e encerramento das atividades, só que não é uma decisão tão fácil de adotar, pois corre o risco de criar mais tumulto, já que as pessoas precisam do dinheiro e não têm consciência.

Já o secretário-adjunto do Procon-MT, Edmundo Taques, informou ao oticias, que o Procon estadual não emitiu nenhuma determinação para limitar a quantidade de fichas distribuídas na unidade bancária.

“O Procon estadual não emitiu nenhuma Nota Técnica neste sentido. Estou na tratativa para unificar com outros órgãos, Polícia Militar, com os Procons municipais para unificar as ações que garante prevenir a disseminação do Covid-19”, pontuou.

A coordenadora do Procon/VG, Carolina Barbos, afirmou ao oticias que a limitação da distribuição de ficha foi uma sugestão para conter a aglomeração. “Estamos aqui agora tentando organizar, cabe ao Governo ajudar, mas também cabe à população se conscientizar”, disse Carolina.

 

 
 

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