O presidente da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados de Mato Grosso (Ager-MT), Luis Alberto Nespolo, afirmou em entrevista ao nesta sexta-feira (19.11), que a inflação causada pelo aumento dos preços de combustíveis terá influência na tarifa do transporte coletivo em Cuiabá e Várzea Grande.
Segundo o presidente da Ager, o reflexo do aumento dos combustíveis - não será imediato na tarifa - será visto no período da revisão contratual, esperado para abril de 2022.
Em abril vai haver um aumento previsto em contrato
“Em setembro do ano passado ocorreu o reajuste da União Transporte que faz Várzea Grande a Cuiabá e vice- versa. Então, somente daqui a um ano vai refletir novamente e a gente postergou quatro meses por causa da pandemia. Em abril do ano que vem vai ter sim um reflexo, quando a gente receber um pedido da empresa por reajuste previsto em contrato”, declarou o presidente da Ager.
A declaração foi feita durante audiência pública na Câmara Municipal de Cuiabá sobre os serviços executados pelas empresas reguladas pela agência.
Nespolo explica que a previsão de reajuste contratual é normal em qualquer contrato e acontece uma vez por ano. Ele afirmou que não foi feito nenhum aumento extracontratual.
“Sempre tem esta previsão legal em qualquer contrato de longo prazo. É legal que tenha para atualizar, para a empresa também não quebrar e deixar de existir. Então fizemos esse equilíbrio, não podemos fazer com que o serviço seja interrompido o transporte, uma vez que qualidade também é continuidade”, explicou Luis Alberto.
O presidente da Ager destacou como exemplo, o reajuste no preço da passagem em razão de cláusulas contratuais em 14 linhas que fazem o transporte intermunicipal de Cuiabá para municípios como Poconé, Chapada dos Guimarães, Nobres, Nossa Senhora do Livramento, Acorizal e Barão de Melgaço.
“Tivemos um aumento arbitrado, julgado pela Ager foi recentemente e não pegou toda essa inflação e no próximo daqui um ano, ele certamente vai refletir, quando assim julgar”, destacou o presidente da Ager, em relação ao aumento de R$ 5,95 para R$ 7,35 no preço da passagem.
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