Por Claiton Cavalcante*
Certa vez, mais precisamente no mês de maio, debrucei sobre o teclado já desgastado do meu antiquado computador para escrever um artigo tecendo comentários relacionado ao complexo de inferioridade, teoria atribuída ao psicólogo Alfred Adler e fazer previsões sobre o futuro próximo de uma rútila entidade.
Naquela oportunidade, no desenrolar do texto urdi várias perguntas, sugeri várias adequações no sentido de melhorias, fiz previsões que se tornaram reais baseadas em fatos e não no calor das emoções e no final profetizei tudo aquilo que veio se realizar.
E sete meses depois, em 06 de dezembro de 2023, terminou a saga vitoriosa daquela entidade que muitos pensavam que não resistiria à guerra, metaforicamente foi a verdadeira batalha de Davi contra Golias.
Estou me referindo ao time de futebol, Cuiabá Esporte Clube, que encerrou sua participação no campeonato brasileiro de 2023 com sua melhor campanha desde o acesso à elite do futebol.
Pois bem, no mês de maio passado escrevi o artigo de opinião intitulado “Nasceste predestinado”, cujo título do artigo é fragmento do hino do clube que tem como mascote o peixe dourado, famoso por ser valente e exímio devorador dos adversários.
Eu tinha convicção do que estava escrevendo. Primeiro, porque ao analisar futebol – por mais leigo que você seja – a análise ou o palpite deve ser baseado em fatos/razões, neste caso, a paixão fica para escanteio e segundo, porque acompanho o time do Cuiabá desde os tempos que jogava a quarta divisão do futebol nacional.
Consequentemente, ao menos para mim, é perceptível o potencial que possui o caçula entre os times que disputam a primeira divisão do nosso futebol.
Malgrado, a jovialidade do esquadrão auriverde fato é que, também, segundo a teoria de Adler, o meio social e a preocupação contínua em alcançar objetivos preestabelecidos são os determinantes básicos do comportamento vencedor, o que inclui a sede de poder e a notoriedade. Características triviais do nosso “davi”.
E para aqueles que não depositaram a confiança necessária no time fundado pelo ex-jogador Luiz Carlos Tóffoli, que posteriormente veio a ser a primeira equipe profissional a se tornar Sociedade Anônima do Futebol, descreverei nas próximas linhas alguns feitos do time cuiabanista e algumas profecias que afirmei no artigo escrito no mês de maio.
O time que leva o nome da capital mato-grossense, por si só faz propaganda tanto para a Cidade quanto para o Estado. Com a permanência na elite do futebol, faz o comércio aquecer nas proximidades ou não da Arena Pantanal gerando renda para ambulantes, restaurantes e rede hoteleira.
As mascotes, Douradão e Douradinho desempenham de forma lúdica papel importante para a criançada se divertir e interagir entre elas para a partir disso tornarem futuros torcedores. Há quem diga que dentre essas mascotes, está faltando a “douradona” ou “douradinha”.
Além disso, enquanto os antiquados, pessimistas e os palpiteiros dos grandes veículos de comunicação torciam contra, o Cuiabá nesse brasileirão, foi fazendo história e batendo recordes e em adversários.
Triunfou sobre o Flamengo, Fluminense, Botafogo, Cruzeiro, Internacional, São Paulo, Santos e várias outras agremiações, sendo um adversário indigesto quando jogou fora da Arena Pantanal. Foram seis vitórias por 3 x 0, sendo a última diante do seu torcedor no encerramento do campeonato ao vencer o Athletico.
Jogo esse, que aliás, marcou a despedida de dois importantes jogares, o goleiro João Carlos, único remanescente da campanha de acesso da série B e do lateral Uendel, campeão brasileiro com passagens por grandes clubes, que aposentou dos gramados vestindo a camisa do Dourado.
Foi acreditando nessa grandeza do Cuiabá que quando escrevi o artigo no mês de maio profetizei que os times coadjuvantes seriam América, Coritiba, Goiás e Vasco, sendo que o “gigante da colina” escapou da degola aos 45 minutos do segundo tempo.
Eu estava tão certo desse sucesso que conclui o artigo dizendo que queria ver o Cuiabá novamente o ano que vem na Série “A”, quiçá na Copa Libertadores da América. Profecia concretizada. Pois, o verei na elite do futebol e na Copa Sul-Americana, em 2024.
Diante desses feitos, é importante saber que dourado nada com dourado. Já os lambaris nadam com lambaris. Tenho certeza de que você já ouviu frase parecida com essa. Trata-se da primeira lei de sucesso de Napoleon Hill.
Que em linhas gerais quer dizer que para alcançar o sucesso devemos estar alinhados com pessoas/objetivos iguais ou melhores que os nossos. E pelo visto, o Cuiabá, nessa temporada seguiu à risca os ensinamentos do pensador estadunidense.
Por fim, o mesmo pensador diz que sua única limitação é aquela que você impõe a sua própria mente. Limite. Substantivo que o Dourado parece não saber o que é. Parabéns, Cuiabá Esporte Clube – Sociedade Anônima do Futebol!
*Claiton Cavalcante é membro da Academia Mato-Grossense de Ciências Contábeis.
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