por João edisom*
Este é o terceiro artigo que escrevo sobre a BR-163 e o fiz em sequência devido a grande importância desta via para o desenvolvimento não só do estado de Mato Grosso como do Brasil como um todo, uma vez que é o principal corredor dos produtos do agro e também local com alta trafegabilidade de pessoas.
Vivemos um momento de grandes debates sobre modais alternativos para as regiões do Centro Oeste brasileiro, principalmente no que tange as ferrovias e hidrovias. O que é bom e legitimo, mas não podemos deixar de concluir o que já começou e tem dado certo, apesar dos inúmeros problemas que vão desde a Operação Lava Jato, troca de presidente e ausência de financiamento, que atrasaram e muito a conclusão das obras, a Br 163 ainda é solução inacabada.
Os dados apresentados no site da Concessionária Rota Oeste são públicos e deixam claro partes das nossas duvidas, principalmente os números de arrecadação, de investimentos e os benefícios de se ter uma estrada melhor, duplicada. O que nos leva ao questionamento e incertezas, são principalmente a atuação e empenho da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), que demonstra pouco empenho em resolver os impasses.
Outro fator é a atuação dos nossos políticos para fiscalizar, acelerar e resolver as situações pendentes. Exceção se faz ao senador Wellington Fagundes, que tem atuado de forma sistemática para agilizar e fazer cumprir o contrato.
O trabalho do senador Welington é a prova viva que atuação sistêmica e pressão funcionam, tanto que em virtude de seu trabalho o percurso Cuiabá até a divisa com Mato Grosso do Sul está bastante adiantado e em faze de conclusão. Mas e o percurso Cuiabá até a divisa do estado do Pará esta esquecido, só temos recapagem e pedágio. Quem olha para o Norte do estado?
Temos mais dois senadores, oito deputados federais, vinte e quatro estaduais, governo do estado e vários prefeitos de municípios importantes que estão diretamente ligados a esta BR. Onde estão eles? Será que não se sentem responsáveis pelos prejuízos dos produtores e comerciantes desta região? Não se sentem responsáveis pelas vidas que esta estrada consome por falta de uma duplicação?
Debater outras alternativas de transporte é importante e legítimo, mas está na hora de terminar o que já foi começado e ainda não foi concluído por falta de atenção politica. Enquanto uns apenas sonham com progresso, a BR-163 continua matando aos montes. Matando lucros, produtividade e pessoas.
*João Edisom é sociólogo e articulista político.
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