O servidor da Prefeitura de Várzea Grande, Nelson Mendes Martins e seus filhos Anthoniel Gomes Martins (funcionário da Staff Sistemas) e Juliano Gomes Martins (estagiário na Prefeitura), presos durante a Operação Pérfido da Delegacia Especializada em Crimes Fazendários e Contra a Administração Pública (Defaz), foram soltos.
Em entrevista ao oticias o advogado Rafael Pastorin confirmou que Nelson Mendes e seus filhos já estão em liberdade, e que o alvará de soltura foi expedido na última quinta-feira (20.04) pelo juiz da Quarta Vara Criminal de Várzea Grande, Abel Balbino.
“O magistrado acatou um recurso interposto e colocou em liberdade o senhor Nelson Mendes, e os seus dois filhos. O processo está sob sigilo, e não temos ainda informações sobre o mesmo”, limitou-se a dizer o advogado.
Conforme o advogado Eduardo Fraga, que representa a defesa do servidor João Petrenko, também preso na Operação Pérfido (e que já se encontra em liberdade), o processo criminal contra os nove servidores da Prefeitura de Várzea Grande acusados de realizar suposto esquema de cobrança de propina na administração municipal, foi desmembrado.
O defensor disse que João Petrenko, e outros quatro servidores acusados de participarem do esquema estão arrolados como réus em um processo criminal, e que Nelson Mendes, seus filhos e um servidor identificado como Edmilson - que também foi libertado na última quinta-feira (20) - estão incluídos em outro processo. Porém, não explicou detalhes dos processos, e nem os motivos do desmembramento.
Apesar da informação, Tribunal de Justiça, Ministério Público Estadual (MPE) e a Defaz/MT não confirmaram a informação devido o sigilo do processo.
Vale lembrar que os nove servidores são acusados pela Defaz/MT de fazer parte de um esquema fraudulento que teria desviado cerca de R$ 60 milhões da Secretaria de Fazenda do município.
A Polícia aponta suposto recebimento de propina, sonegação de impostos por parte de agentes de tributos de Várzea Grande. Conforme apurado, servidores municipais procuravam empresários de médio e grande porte e ofereciam redução de impostos mediante o pagamento de propina.
As investigações sobre o caso estão sendo conduzidas pelo delegado Sílvio do Vale Ferreira.
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