VG Notícias
O procurador-geral de Justiça, o promotor Mauro Curvo que assumiu o cargo em janeiro de 2017, em entrevista ao jornalista Geraldo Araújo, do VG Notícias, nesta quinta-feira (12.04), fez um balanço de sua gestão.
Curvo afirmou que a primeira meta sempre foi melhorar a saúde ao cidadão mato-grossense. E citou o consórcio intermunicipal para aquisição de medicamentos, equipamentos, materiais hospitalares e serviços na área da saúde.
“Várzea Grande, salvo engano, foi o primeiro município a aderir a esse consórcio, entrou de cara. Cuiabá já encaminhou o projeto de lei para a Câmara Municipal, preciso até conversar com o presidente da Câmara da Capital para dar uma certa celeridade. Porque hoje a gente já conseguiu montar um consórcio com 51 municípios, 800 pessoas e com Cuiabá, a gente consegue atingir um milhão e meio de habitantes. Com a Capital aderindo, poderemos garantir que os medicamentos cheguem a Colniza, lugares mais distantes, por um preço mais barato do que temos hoje”, explicou.
Outro trabalho, segundo o procurador-geral, é implantar em Cuiabá a cirurgia de alta complexidade no Hospital São Benedito. “A cirurgia de peito aberto. Se conseguirmos, com certeza vamos salvar vidas de pessoas que estão na fila aguardando, que estão entrando na Justiça e o Estado pagando valores muito maiores do que se a gente conseguisse implantar esse serviço”.
Questionado sobre a atual situação do Ministério Público Estadual, o procurador-geral garante que estão razoavelmente bem, mas poderia estar melhor. “Precisaríamos de mais acesso a recursos financeiros para realizarmos mais concursos, para ter mais colegas, mais assessoria trabalhando. Mas, com esse cenário, dificilmente será alcançado pela crise econômica que não só Mato Grosso, mas o País atravessa e a gente atravessa no Ministério Público (MP) também”.
O melhor caminho para eficiência, pontuou ele, será investir em tecnologia, para fazer com que as pessoas que estão lá (MP) produzam mais com menos recursos. “A gente quer implantar uma iniciativa pioneira no mundo. Queremos implantar um sistema que previne o desvio de recurso público. Então vamos exatamente nesse caminho, invés de corrigir que o leite seja derramado, é garantir que ele não seja derramado”.
E complementou: “Por exemplo, o município quer comprar uma poltrona, a inteligência artificial vai entender que quer esta poltrona. A inteligência vai pesquisar no banco de dados de compras públicas e vai identificar quem já comprou essa poltrona, o preço, ele vai nos dar o parâmetro, isso vai nos permitir que os órgãos de controle trabalhem, mandem uma notificação ao gestor antes que haja o desvio. Estamos construindo um convênio para ter acesso a maior organização de preço público do Brasil, que trabalha com transparência, e tem todos os preços públicos”, pontuou.
Indagado sobre os Termos de Ajustamento de Conduta (TACs), realizados pelo Ministério Público, Mauro Curvo disse que é contra e defende que seja criado mecanismos mais rigoros a fim de evitar a irregularidade e consequentemente eliminar os TACs.
Curvo falou sobre os grampos ilegais, porque foi contrário a participação da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional Mato Grosso (OAB/MT).
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