O juiz João Filho de Almeida Portela, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, autorizou o ex-secretário Marcel Souza de Cursi a acessar a colaboração premiada do ex-presidente da Companhia Mato-grossense de Mineração (Metamat), João Justino Paes de Barros, que detalhou suposto esquema de concessão de benefícios fiscais e recebimento de propina na gestão de Silval Barbosa. A decisão é dessa terça-feira (24.09).
Marcel de Cursi foi denunciado pelo Ministério Público Estadual (MPE) por ter participado de suposto esquema de cobrança de propina na ordem de R$ 1,9 milhão das empresas Vale Grande Indústria e Comércio de Alimentos Ltda (Frialto) e Nortão Industrial de Alimentos Ltda., para que elas participassem do Programa de Desenvolvimento Industrial e Comercial de Mato Grosso (Prodeic). Ele responde por corrupção passiva.
Ele entrou com pedido na Justiça para ter acesso à delação de João Justino e dos empresários Milton Luís Bellicanta e Pedro Luís Bellicanta, que, segundo ele, foram usadas para subsidiar a denúncia apresentada pelo MPE.
“O Juízo apenas Defere que o termo de interrogatório do colaborador João Justino Paes Barros, seja juntado a este feito, visto que foi um dos elementos principais para o início da investigação. Com a juntada, Ciência as partes. No mais, resta Indeferido o acesso integral aos Acordos firmados pelos colaboradores e o Ministério Público, pelas razões expostas”, diz trecho da decisão do João Filho de Almeida.
Também são alvos do processo: o ex-governador Silva Barbosa, o irmão dele, Antônio da Cunha Barbosa Filho; o ex-secretários Pedro Jamil Nadaf, Francisco Gomes de Andrade Lima Filho, assim como o empresário Milton Luis Bellincanta.
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