Na última semana de julho, o preço do milho em Mato Grosso registrou uma alta significativa, refletindo um cenário global de valorização e incertezas climáticas. Segundo o último relatório do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o valor da saca de milho no estado subiu 5,96%, alcançando R$ 39,65. Este aumento acompanha a elevação dos preços no mercado internacional e a alta do dólar, que ficou cotado em média a R$ 5,63/US$, uma valorização de 2,12% em relação à semana anterior.
A valorização do milho na Bolsa de Chicago (CME-Group) também contribuiu para essa escalada de preços. O contrato corrente apresentou um aumento de 2,02%, fechando a semana a US$ 4,01 por bushel. Esse movimento é impulsionado por uma combinação de fatores, incluindo previsões de temperaturas mais altas nos Estados Unidos, um importante produtor mundial do cereal.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Agricultura (USDA) divulgou que 68% das lavouras de milho estão em condições boas ou excelentes, uma melhoria de 1 ponto percentual em relação à semana anterior. Este cenário positivo ocorre apesar das preocupações com o fenômeno climático La Niña, que pode impactar a produtividade das lavouras nos próximos meses.
A produção global de milho também tem apresentado expansão. A safra 2023/24 mostrou um crescimento de 5,68% em comparação ao ciclo anterior, com aumentos notáveis na Argentina, Ucrânia, Estados Unidos e China. Esse incremento na oferta global, entretanto, não foi suficiente para conter a alta dos preços, que continuam a ser influenciados por fatores climáticos e econômicos.
Em Mato Grosso, além do aumento de preços, a colheita do milho já está praticamente concluída, com 99,28% das áreas colhidas. A comercialização da safra 22/23 está avançada, com 98,40% do volume já negociado, enquanto a safra 23/24 atingiu 45,43% de comercialização.
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