Mato Grosso continua a consolidar sua posição de destaque na produção de carne bovina no Brasil. Segundo o boletim mais recente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o estado tem contribuído significativamente para o recorde previsto de 11,35 milhões de toneladas de carne bovina no país em 2024, um aumento de 7,48% em relação ao ano anterior.
A produção de carne bovina em Mato Grosso é impulsionada por um aumento significativo na oferta de gado, especialmente com o pico de abate de fêmeas. Esse movimento, aliado a uma demanda externa aquecida, posiciona o Brasil como o maior exportador mundial de carne bovina, com projeções de 3,30 milhões de toneladas destinadas ao mercado internacional.
Apesar do cenário de crescimento, o mercado físico e os contratos futuros de carne bovina apresentam sinais mistos. O preço do boi gordo à vista se mantém estável, com uma média de R$ 203,81/@. No entanto, o contrato com vencimento em outubro de 2024 apresentou uma ligeira queda de R$ 5,30/@ ao longo do mês de julho, fechando a última semana em R$ 240,20/@. Essa redução contrasta com a alta histórica de outubro em relação a julho, observada nos últimos 16 anos.
Especialistas do IMEA indicam que a redução no ritmo de abate de fêmeas, um fator importante para a dinâmica de preços, pode influenciar o mercado nas próximas semanas. Com o estado enfrentando a entressafra, a média de dias de abate fechou em 10,99, evidenciando um encurtamento nas escalas.
O custo operacional também é uma preocupação crescente para os produtores de Mato Grosso. Os custos totais para diferentes fases da produção, como cria, recria/engorda e ciclo completo, variaram ao longo dos últimos trimestres, refletindo as mudanças nas condições do mercado e nos preços dos insumos.
O IMEA destaca que o mercado segue sem tendências claras para os próximos meses. Fatores como a oferta de gado do segundo giro de confinamento e a dinâmica das exportações serão cruciais para determinar o comportamento dos preços e a viabilidade econômica dos produtores.
Leia também - Parceria entre pesquisa da UFMT e Cipem impulsiona inovação em arquitetura sustentável
