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VGN AGRO Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024, 15:46 - A | A

Quarta-feira, 04 de Dezembro de 2024, 15h:46 - A | A

tendência de alta

Alta no preço da soja em Mato Grosso segue acima do custo operacional

Mesmo com queda no comparativo anual, a paridade de exportação e os custos crescentes sinalizam novos desafios para os produtores

Redação/VGN

O mercado da soja em Mato Grosso segue aquecido, com tendência de alta nos preços impulsionada pela valorização do dólar e pelos movimentos no mercado internacional. Segundo o boletim semanal do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), o preço médio da soja para exportação, com vencimento em março de 2025, alcançou R$ 106,74 por saca, um aumento de 1,23% na última semana.

Esse crescimento foi sustentado pela alta de 7,50% no prêmio futuro em Santos, além da valorização semanal do dólar, que chegou a R$ 5,94/US$, refletindo o impacto das incertezas fiscais no Brasil. Contudo, ao comparar com o mesmo período de 2023, o preço atual representa uma queda de 4,44%, devido à desvalorização de quase 27% nas cotações internacionais da soja na Bolsa de Chicago (CME-Group).

“Embora o preço esteja abaixo do registrado no ano passado, a valorização do câmbio evitou uma queda ainda maior, tornando a exportação mais atrativa”, avalia Vilmondes Tomain, presidente do IMEA.

Apesar da valorização recente, o preço da soja ainda não é suficiente para cobrir o custo total de produção da safra 2024/25, segundo o boletim. No entanto, os valores estão acima do Custo Operacional Total, garantindo certa margem de lucro para os produtores.

Para muitos agricultores, o desafio é equilibrar o aumento nos custos com a necessidade de comercializar a produção em um mercado ainda incerto. Até o momento, 38,35% da safra 2024/25 já foi comercializada, com a produção estimada em 44,04 milhões de toneladas e produtividade média de 57,97 sacas por hectare.

O farelo de soja, utilizado amplamente na alimentação animal, registrou alta de 0,37% em Mato Grosso, acompanhando o mercado internacional, enquanto o óleo de soja apresentou retração de 0,22%, refletindo a queda nos preços do petróleo e as incertezas econômicas globais.

“Os produtores precisam acompanhar de perto as variações cambiais e as negociações internacionais, ajustando suas estratégias de comercialização para maximizar os lucros diante de um cenário tão dinâmico”, conclui Tomain.

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