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Variedades Segunda-feira, 03 de Março de 2025, 20:03 - A | A

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NO JORNAL NACIONAL

Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello comentam emoção e impacto da vitória no Oscar

Walter Salles, que dedicou sete anos ao projeto, destacou o impacto da narrativa e a força da personagem Eunice Paiva

Edina Araújo/VGN

Os cineastas Walter Salles, Fernanda Torres e Selton Mello participaram do Jornal Nacional, na noite desta segunda-feira (03.03), para comentar a consagração do cinema brasileiro no Oscar. O trio compartilhou as emoções da premiação, a recepção do filme pelo público e a importância da história retratada na produção.

Walter Salles, que dedicou sete anos ao projeto, destacou o impacto da narrativa e a força da personagem Eunice Paiva. "Uma mulher que, sozinha, enfrenta uma ditadura militar e reage a um ato de violência extrema, inventando novas formas de resistência. Ela mostra um caminho para os dias de hoje", afirmou o cineasta.

Salles ressaltou ainda a contribuição essencial de Fernanda Torres, Selton Mello e Fernanda Montenegro para elevar a qualidade do filme. "Eles nos forçaram a sermos melhores do que poderíamos ser", declarou.

Fernanda Torres falou sobre a conexão entre sua família e a história contada no filme. "Minha mãe (Fernanda Montenegro) e Eunice Paiva pertencem à mesma geração. Ambas viveram um período terrível no Brasil e criaram filhos que, depois, escreveram livros, atuaram e transformaram suas experiências em arte."
Para a atriz, a transmissão da memória histórica é essencial, refletindo também sobre os desafios da atualidade. "Fico pensando nas crianças que estão vivas hoje e nos filmes que elas farão daqui a 50 anos sobre nossa resistência ao autoritarismo", pontuou.

Selton Mello revelou que, no início do projeto, não se tinha dimensão do alcance que o filme teria. "Nunca temos certeza, mas confiávamos no olhar sensível de Walter Salles e na base sólida do livro de Marcelo Rubens Paiva. Vivemos como uma família durante as filmagens, e essa conexão transbordou para o público", afirmou o ator.

O sucesso da produção foi impulsionado por um fenômeno orgânico de mobilização. Com um orçamento modesto para divulgação, o elenco percorreu o Brasil e o mundo promovendo o filme. "Nos sentimos representantes do Brasil. Esse filme apresenta ao mundo o melhor do país: afetividade, calor humano e uma outra forma de estar no mundo", destacou Salles.

A emoção tomou conta dos artistas ao relembrar a caminhada até o Oscar. Ao final da entrevista, em tom descontraído, revelaram que agora pretendem descansar. "Estou de óculos escuros porque estou com vergonha do meu olho. São duas bolsas", brincou uma exausta Fernanda Torres, comparando a equipe a maratonistas cruzando a linha de chegada.

O reconhecimento no Oscar reforça a relevância do cinema brasileiro e sua capacidade de emocionar o mundo. A história de resistência e coragem retratada no filme transcende as telas, se consolidando como um marco na cinematografia nacional.

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