Os primeiros brasileiros imunizados em território nacional começaram a ser vacinados no último domingo (17.01). No entanto, apesar do acontecimento, o período de aplicações para o restante da população tornou-se um problema. Isso porque, não existem datas específicas para as fases do plano de imunização – e nem doses suficientes para todos. O Ministério da Saúde estima que todos os brasileiros estejam imunizados apenas em 2022.
No entanto, isso é apenas uma previsão, já que não há como afirmar precisamente essa informação. Isso porque há fatores externos – como questões envolvendo a fabricação das doses – que podem alterar essa data – levando-a até para o segundo trimestre do próximo ano.
Para tentar resolver a situação e entender como a vacinação vai ocorrer, na última segunda-feira (18.01), Ricardo Lewandowski, ministro do Supremo Tribunal Federal, solicitou que o Ministério da Saúde divulgue um cronograma que demonstre como a imunização da população será feita.
Apesar de ainda não ter apresentado os planos de imunização solicitados, o “Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19” indica que a vacinação ocorrerá inicialmente em três fases, que englobam idosos, indígenas, profissionais de saúde e pessoas com doenças, como diabetes e hipertensão.
O restante da população, que inclui pessoas mais jovens e que não se enquadram em nenhum dos grupos citados, devem receber o imunizante apenas após a terceira fase.
A primeira etapa, que começou no domingo, deve durar cinco semanas. No entanto, para cumprir o planejamento são necessárias 31,3 milhões de doses. Porém, ao todo, o país dispõe de 6 milhões. Por isso, não se sabe se o prazo será cumprido.
“O prazo para encerrar cada fase depende do quantitativo de doses entregues pelos laboratórios fornecedores e aprovadas pela Anvisa”, afirma o Ministério da Saúde em comunicado ao Uol.
Vale lembrar que, além das 6 milhões de doses citadas, o Brasil possui outras 4,8 milhões que devem ser liberadas em breve pela Anvisa. Além disso, para a fabricação de novas doses, o país espera a entrega do Ingrediente Farmacêutico Ativo, um dos itens mais importantes para a fabricação das duas vacinas que devem ser produzidas por aqui – CoronaVac e Oxford.
Por conta do número baixo de doses disponíveis, estima-se que apenas 1,5% da população brasileira poderá ser imunizada. Segundo o ministério, a prioridade neste momento será dada para trabalhadores de saúde que atuam na linha de frente no combate à doença e idosos que se encontram em instituições de longa permanência.
Fases 2 e 3
Apesar de não possuir uma data específica de início, a fase 2 deve imunizar pessoas que possuem idade entre 60 e 74 anos. Para que todos sejam imunizados nesta etapa, estima-se que 46,5 milhões de doses sejam necessárias em um primeiro momento.
Para evitar que a vacina falte para esta fase, a ideia é dividi-la em duas partes. A primeira deles vai imunizar 60% dos idosos da faixa etária citada. Após cinco semanas – período previsto para a primeira parte das aplicações – o restante deve ser vacinado. No entanto, até o momento, não há indicação de como essa separação será feita.
Por fim, a fase 3 terá como grupo algo pessoas com problemas de saúde – como câncer, diabetes e hipertensão. Aqui, o ministério estima que serão necessárias 26,6 milhões de doses que devem ser aplicadas em um período de cinco semanas.
Vacinação para a população em geral
A população que não se enquadrar em nenhuma das três fases deve receber o imunizante apenas após a finalização do plano inicial de três fases.
No entanto, o ministério indica que “à medida em que o laboratório disponibilizar novos lotes de vacina, o Programa Nacional de Imunizações irá dispor de novas grades de distribuição e cronogramas de vacinação dos grupos prioritários”. Isso quer dizer que as datas podem estar em constante mudança, inclusive, com o adiantamento de fases.
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