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Variedades Terça-feira, 13 de Agosto de 2019, 10:25 - A | A

Terça-feira, 13 de Agosto de 2019, 10h:25 - A | A

Allana Brittes

"Quem matou foi meu pai. Quem procurou isso foi o Daniel"

R7

reprodução

Allana

 

"Quem matou o Daniel?

"Meu pai.

"Mas quem procurou por isso foi o próprio Daniel.

"A partir do momento que entrou naquele quarto, não pensou nas consequências.

"Uma mulher casada, embriagada, dormindo.

"Uma casa de família...

"Ele pensou que por ser um jogador, por ter dinheiro, podia fazer isso.

"As coisas não funcionam assim."

Essas foram as declarações que resumem a linha de defesa da família Brittes, no brutal homicídio do jogador do São Paulo, Daniel Correa.

Elas foram dadas por Allana, filha de Edison Brittes, assassino confesso do atleta de 24 anos, ao SBT. Allana comemorava seu 18º aniversário quando aconteceu o crime. Ela, sua mãe, seu pai, Daniel e amigos saíram de uma casa noturna em Curitiba e foram esticar a comemoração na casa da família, quando houve o crime.

Ela fez questão de isentar a mãe, Cristiana, de ter incentivado Daniel a entrar no quarto.

"Minha mãe nunca deu liberdade nenhuma para o Daniel. Ela nunca trocou uma palavra com ele, ela nunca deu essa liberdade para homem nenhum, foi sempre apaixonada pelo meu pai. Ela disse que sequer sabia como era a voz dele e que não sabia porque ele fez isso."

Daniel entrou no quarto, onde Cristiana supostamente dormia, tirou fotos e publicou nas suas redes sociais. Edison as teria visto e invadido o quarto e começado a espancar Daniel. Ele e mais três amigos.

Foram socos, chutes e enforcamento. A intenção de Edison, de acordo com seu depoimento, foi mesmo de matar Daniel.

"Sai correndo, desci a escada e no pé da escada encontrei minha mãe chorando pedindo ajuda. Quando entrei no quarto, vi meu pai segurando o Daniel pelo pescoço em cima da cama. Ele estava de cueca, de camiseta, meu pai me disse: 'ele estava na cama tentando estuprar sua mãe'", disse Allana.

De acordo com exames feitos no sangue do atleta, ele estava completamente embriagado, não teria forças para estuprar Cristiana. E nem para se defender dos quatro agressores.

"Ele não foi a única vítima, no meu ponto de vista. Para mim a minha mãe foi a maior vítima. Ela estava dormindo na cama dela, no quarto dela e, se uma mulher não tiver privacidade, paz na própria cama, na própria casa, não sei onde vai ter", ressaltou Allana.

Sobre a atitude do pai, ela reafirma entender. "Eu procuro não pensar. Sempre vou vê-lo como meu pai, que fez tudo para mim por 18 anos. Vou estar sempre do lado dele. Eu não condeno, eu sei que ele não procurou isso.

"O Daniel procurou isso, ele foi sem ser convidado, entrou no quarto da minha mãe, importunou ela enquanto estava dormindo. Ele não morreu de graça, ele procurou isso."

Garante que o pai se arrependeu. "Ele me abraçou e disse 'me perdoa, filha' e começou a chorar. 'Eu só queria proteger sua mãe'. Meu pai foi tomado pela emoção, pelo ódio. Nunca imaginei que o Daniel pudesse morrer."

Allana diz que sua 'vida acabou'.

"Penso que a família dele não tem nada a ver com os erros dele, não tem culpa de nada e entendo a dor. Só que a minha família também foi destruída, assim como a dele. Não tenho vida mais, a minha vida acabou lá. A minha vida é a minha família, hoje estou sem eles."

Sobre as mentiras que contou para a mãe de Daniel, poucas horas após o crime, dizendo não saber o que aconteceu com o jogador e garantindo que procuraria descobrir, Allana se justificou.

"Não foi mentir, naquele momento eu não podia falar o que realmente estava acontecendo. Eu estava muito em choque, abatida, a ficha não tinha caído. Sei que errei, mas errei para proteger meu pai."

Allana é acusada de fraude processual, corrupção de menores e coação. Depois de nove meses presa, seus advogados conseguiram habeas corpus, foi libertada para responder a acusação fora da cadeia.

Seu pai, Edison e mais três amigos, Eduardo Henrique da Silva, Ygor King, e David Willian Vollero Silva, respondem na justiça pelos crimes de homicídio qualificado, com motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa da vítima, ocultação de cadáver e fraude processual.

 

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