Com seus olhos verdes, 1,75 m de altura e curvas acentuadas, Luciane Hoepers ficou mesmo famosa depois de ser presa por cinco dias, pela Polícia Federal, por suspeita de atuação em quadrilha de lavagem de dinheiro e desvio de recursos de fundos de pensão municipais.
No relatório da polícia, Luciane é denominada “pastinha” – uma espécie de operadora financeira que tinha a função de cooptar prefeitos e políticos que teriam a intenção de investir dinheiro dos fundos de pensão no esquema montado pela quadrilha. Em tom de deboche contra as autoridades, a loira já diz que pode ser capa da "Playboy" como o slogan "A Pastinha".
Não seria difícil de projetá-la como tal. No ano passado, Denise Rocha, que trabalhava com o senador Ciro Nogueira (PP-PI), chamou atenção durante a CPI do Cachoeira, quando teve um vídeo de sexo publicado na internet, chamando atenção dos políticos e da imprensa. Ela ganhou o apelido de "Furacão da CPI" e foi exonerada do cargo no início de agosto, quando decidiu aceitar o convite para posar nua.
Enquanto o convite não aparece, ela emenda entrevistas e aparições na TV. A mais recente foi concedida à Folha, em que afirma que há mais políticos sendo investigados pela Polícia Federal e se define como uma "captadora de clientes", que oferecia propostas de melhoria da administração dos recursos previdenciários: "Tudo foi feito na legalidade. O trabalho era correto, lícito, de instruir para que eles [prefeitos] tivessem melhor rentabilidade e diversificação nos fundos de previdência".
Ela critica ainda o preconceito contra mulheres bonitas trabalhem no mercado financeiro. “Não é por [ser bonita] que precisa dar".
Na Assembleia Legislativa de Goiânia, o caso pode virar a CPI da Loira. Nas conversas gravadas pela PF, o deputado Samuel Belchior (PMDB) chama a loiraça de “chefa” e “Lu”. E ainda manda de tabela: “Estou trabalhando bonito procê aqui”.
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