Familiares de três meninos desaparecidos em Belford Roxo, região metropolitana do Rio de Janeiro, desde 27 de dezembro, levaram um homem à delegacia nesta terça-feira (12.01), o responsabilizando pelo sumiço das crianças. A polícia afirmou que ele é inocente. Em protesto, um ônibus foi incendiado no início da tarde. Os manifestantes gritam "Daqui ele não sai".
O homem, que não teve sua identidade revelada por não ter relação com o crime, prestou depoimento. A corporação afirmou que ele foi alvo de "notícia falsa" e não tem qualquer relação com o caso.
Do lado de fora da delegacia, algumas pessoas jogaram lixo na rua e atearam fogo. A via foi interditada e às 13h25 o Batalhão de Choque chegou ao local. "A Polícia Civil esclarece que seu suposto envolvimento com o crime se trata de notícia falsa. Segundo apurado, ele não tem qualquer relação com o caso", afirmou nota da corporação.
Apesar disso, por volta de 12h45, os parentes estavam na porta da delegacia revoltados e gritando "Daqui ele não sai". O homem negou envolvimento e, segundo a polícia, foi torturado. Ele mora no mesmo condomínio das crianças.
Defensor público diz que homem é 'possível suspeito' - O defensor público Fábio Amado, que foi chamado para prestar auxílio às famílias dos meninos após contato com a Ordem de Advogados do Brasil (OAB), disse que o homem levado como suspeito de envolvimento de desaparecimento dos três meninos tinha vídeos no celular contendo abuso sexual de crianças.
“Foi apresentada uma pessoa que em seu celular havia imagens de delitos contra a criança e adolescente e ela é apontada como um possível suspeito desses fatos” afirmou o defensor.
Mais cedo, a polícia disse que não havia provas a respeito da participação do homem no desaparecimento das crianças. Nessa tarde, o celular do homem será periciado. Caso seja comprovado o crime, o homem pode ser preso por armazenar material pornográfico envolvendo crianças.
Lucas Matheus (8 anos), o primo dele Alexandre da Silva (10 anos) e Fernando Henrique (11 anos) saíram de casa no dia 27 de dezembro por volta das 10h30 para brincar no campo de futebol ao lado do condomínio onde moram, no bairro Castelar.
De acordo com as famílias, os meninos estavam acostumados a brincar sozinhos. No início da tarde, por volta das 14h, eles costumavam voltar para casa para almoçar. No entanto, eles não retornaram.
Agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) já fizeram várias buscas pelas crianças, mas sem sucesso.
Na sexta-feira (8), o RJ2 mostrou que as mães dos três meninos desaparecidos estiveram mais uma vez à DHBF em busca de informações.
Naquele dia, policiais também voltaram ao bairro Areia Branca, onde o dono de um estabelecimento afirmou aos policiais que viu as crianças no dia 28 de dezembro, um dia depois de elas terem saído de casa.
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