Rayelle Keller, mãe de um garoto de 8 anos matriculado no 3º ano do ensino fundamental, alegou que uma professora da Escola Municipal Doutor Adhemar Rezende de Andrade, em Juiz de Fora, praticou injúria racial contra seu filho.
Em entrevista ao G1 nesta quarta-feira (22.11), Rayelle relatou que o caso aconteceu no dia (14), e que seu filho foi abordado pela professora dentro da sala de aula, sendo criticado pela aparência do seu cabelo. Além disso, durante o recreio, a professora demonstrou comportamento inadequado ao obrigar o menino a sentar-se e prender seu cabelo com força.
Durante a entrevista, o menino compartilhou ao lado de sua mãe que se sentiu triste e nervoso diante da situação, uma vez que não aprecia prender seu cabelo. Após a professora ter prendido, ele correu para o banheiro e soltou novamente.
A mãe enfatizou que em casa, ele costuma manter o cabelo solto o tempo todo. Como mãe, ela respeita a decisão do filho e não o obriga a prendê-lo.
Durante a reunião com a vice-diretora, a mãe foi informada que o incidente será investigado, planejando conversar tanto com a professora quanto com a criança separadamente antes de tomar as medidas necessárias.
Após a denúncia, a mãe relatou que seu filho retornou à escola e foi novamente alvo de ofensas por parte da professora, que teria dito: "pode prender esse negócio".
Inconformada com a situação, a mãe decidiu registrar um boletim de ocorrência e procurou o conselho tutelar para esclarecer todos os acontecimentos.
A Secretaria de Educação de Juiz de Fora disse que apura o incidente registrado pela família na Polícia Militar, e repudia veementemente qualquer prática de racismo e adota como política pedagógica um trabalho contínuo de conteúdo antirracista.
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