Famosos usaram as redes sociais para protestar contra a proibição de manifestações políticas no Lollapalooza Brasil, que acontece neste final de semana, em São Paulo. A decisão foi tomada pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que acatou o pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL), alvo de diversos protestos durante o festival.
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O ator Paulo Betti compartilhou uma ilustração de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com os dizeres "Lulapalooza 2022", um trocadilho feito pelo rapper Emicida durante o seu show, na noite do sábado (26), juntando o nome do ex-presidente ao do festival: "Vamos tirar o título de eleitor e tirar o encosto?", legendou, juntando-se à campanha para incentivar jovens a votar, assim como fez Jão durante a sua apresentação no Lollapalooza.
A cantora Teresa Cristina também ficou indignada com o caso: "Como assim não pode manifestação política em um festival privado?", questionou no Instagram. Em menos de uma hora, a publicação já havia recebido mais de quinze mil curtidas, incluindo a do ator Luis Miranda, e comentários desejando a eleição de Lula como presidente e a saída de Bolsonaro do Palácio do Planalto:
Daniela Mercury compartilhou um trecho da apresentação de Pabllo na última sexta e também criticou o veto em seu Instagram: "Será que a decisão monocrática do ministro Raul Araujo que proíbe a manifestação dos artistas (que são eleitores) no Festival Lollapalooza está de acordo com o que está escrito na resolução 23.671/2021 do próprio TSE? A Constituição não assegura liberdade de expressão ao eleitor? A democracia é incompatível com censura prévia ao eleitor", relembrou a cantora.
"Como é que é? Artistas não podem se manifestar no Lollapalooza? A turma das artes tem sofrido com campanhas difamatórias, mentiras, falta de políticas de suporte durante a pandemia e tem que ficar quieta? Se tem quem saiba o que esse governo representa são os artistas", criticou a jornalista e política Manuela d'Ávila", ainda sugerindo que Pabllo Vittar cante na posse de Lula, caso seja eleito.
A roteirista Antonia Pellegrino, que também é esposa do deputado federal Marcelo Freixo (PSB), também criticou o pedido de Bolsonaro: "Dilma teve que ouvir um estádio lotado de bon vivants a xingando. Na época, disse que críticas faziam parte da democracia. Já Bolsonaro, o 'machão', quer que a polícia pare um festival cheio de jovens se gritarem contra ele em apoio a Lula. A diferença entre uma líder e um verme", escreveu no Twitter.
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