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Variedades Terça-feira, 24 de Julho de 2018, 16:30 - A | A

Terça-feira, 24 de Julho de 2018, 16h:30 - A | A

No Rio de Janeiro

Cantor Ivo Meirelles relata que filha sofreu racismo em loja: “acharam que era uma ladra”

Extra

 

O cantor Ivo Meirelles usou as redes sociais para relatar um caso de racismo contra a filha, a estudante de moda Vitória Meirelles, de 23 anos, em uma loja no Rio nesta segunda-feira. De acordo com o sambista, uma funcionária perseguiu a jovem no provador achando que se tratava de uma ladra.

“Uma vergonha. Acabei de saber que uma funcionária, loura, perseguiu a minha filha e chegou a invadir o provador, achando se tratar de uma ladra, apenas pela cor da pele. Para quem já teve um garoto-propaganda negro, isso é uma aberração”, desabafou Ivo no Instagram. O artista escreveu que o ocorrido foi na loja do Centro, que fica na Rua do Ouvidor 186.

"A humilhação é tão grande que a vontade de chorar vem"

Vitória também usou as redes sociais para denunciar o corrido que sofreu e explicar como tudo aconteceu. Ela relata que se sentiu humilhada e que chorou.

"Mais um caso de racismo (nenhuma novidade) e dessa vez foi comigo! Pois é, na C&A do Centro da Cidade. Entro na intenção de comprar duas camisetas brancas e durante todo o tempo em que as busco, uma segurança/supervisora sei lá que p. ela é, branca de cabelos loiros, anda atrás de mim por cada canto da loja. O absurdo é tamanho que até no provador ela entrou quando fui experimentar. Depois de notar que, na fila para pagar as camisetas, ela não saia do meu lado, entendi que o problema era eu. Após pagar, decidi testar uma última vez se aquilo realmente estava acontecendo, então quando resolvi ir na parte da coleção nova, lá estava ela de canto parada me encarando. E o pior de tudo são as pessoas olhando para minha cara como se eu realmente fosse uma suspeita!"

"A sensação de impotência e humilhação é tão grande que a vontade de chorar vem sem a gente querer, mas como um bom fruto do Morro da Mangueira, que quem me conhece já sabe, parada na porta da loja me fiz ser entendida. Com dois seguranças negros parados ali, perguntei em alto e bom tom se ela estava com algum problema comigo, se era o tom da minha pele ou a característica das minhas vestes, e mesmo assim, se ela fosse uma boa segurança ou sei lá o que, jamais se faria ser notada pela a ladra que ela estava me julgando ser, espantando dessa forma em vez de atuar da maneira certa e 'me pegar' no ato.

A revolta tá gigante, mas sigo firme. E ainda tem gente que acha que o que passamos -DIARIAMENTE- não passa de um mimimi", escreveu a jovem.

C&A diz que vai averiguar o fato

Através de um comunicado, a C&A informou que repudia "qualquer tipo de preconeceito" e que vai apurar o caso para "tomar as medidas cabíveis".

“Nós, da C&A, repudiamos qualquer tipo de preconceito, seja ele por raça, cor e/ou religião. O respeito às pessoas e à diversidade faz parte dos nossos valores e enxergamos a moda como uma plataforma de expressão da individualidade de cada um, à sua maneira. Trabalhamos para que a experiência dos nossos clientes na loja seja sempre a melhor possível. Por isso, estamos averiguando o fato para tomar as medidas cabíveis", diz o comunicado.

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