Essa é a estudante e modelo Ilham Chocolat, de 25 anos. Ela nasceu no Togo, país do noroeste da África, mas mora em Bolonha, na Itália, onde mantém uma incomum relação com seu namorado e outro homem. O "oficial", de 36 anos, sabe que Ilham sai direto com o amante, que tem 60. Até viaja com o homem. Mas não há brigas por ciúmes. A universitária costuma ir a jantares e viagens com o "outro", que dá a ela presentes caros, como roupas, joias e bolsas — e assim os três não discutem. Esse triângulo amoroso tem outros detalhes bem curiosos.
"Como gosto de ganhar essas coisas, e meu namorado não tem como me bancar, ele acabou, depois de um tempo, aprovando meu namorado com o homem bem mais velho", conta ela, sem revelar os nomes dos dois.
Ilham costumam ir a Roma, para se encontrar com o amante. Ela diz que chega a receber, além dos presentes, uma grana "Foi ele quem propôs, para pagar meus estudos", justifica ela, que ganha, por mês, o equivalente a R$ 10 mil. "É como um 'mimo'", diz. "Mas que me ajuda muito".
O namorado não se importa que a amada poste fotos nas redes sociais paramentada com vestidos, calças, blusas e acessórios dados pelo amante mais velho. Ela também curte fazer umas selfies com o "outro".
"Ele é um médico bem-sucedido que gosta de sair comigo mais pata conversar e ter uma companhia. Só saímos. Não namoramos", avisa. Mas... Como assim?
É que, segundo Ilham, o amor entre ela e o amante é "apenas platônico". "Não tem sexo entre nós", garante ela, para espanto do repórter do jornal britânico Mirror. "Repetindo: é uma relação mais de amizade do que qualquer outra coisa. Mas claro que adoro receber presentes", completa, rindo.
Ilha, que é modelo e costuma ser chamada para fazer ensaios para revistas italianas de moda ou masculinas, diz que nem o namorado oficial nem o amante ligam para a desinibição da moça diante das câmeras.
Ela e o amante se encontram, "no mínimo", duas vezes por mês: "Nunca fizemos sexo", assegura. "Ele diz que gosta de sair comigo para se sentir jovem e com energia", resume ela.
Ilham reforça: o namorado não se incomoda nem um pouco com a relação extra-conjugal . "Formamos, eu e o meu namorado, um casal bem feliz, e grudado um no outro", ela insiste em dizer.
Foi um amigo dela quem apresentou a garota ao médico. "Ele disse que tinha me visto numa revista e queria me conhecer", conta.
A estranha relação — informa a garota — começou há pelo menos cinco anos. "Achava-o elegante, maduro, inteligente, bom de papo. Eu era mais nova e me interessei. Disse que já namorava, mas ele adiantou que queria uma relação "não-física".
"Concordamos que nossa relação nunca irá incluir sexo", explica. "Ele disse que se sentia bem assim porque é bem mais velho do que eu", emenda.
No lugar de transas, os dois preferem "curtir a vida". Viajam juntos, ficam em hotéis cinco estrelas — "sem dormir na mesma cama" —, frequentam restaurantes caros e tudo o que o amante faz é presenteá-la.
Ela diz que já ganhou até um anel de diamante. "Ele me dá tudo o que eu quero. E às vezes me faz surpresa", revela.
O namorado oficial, no entanto, é que fica com ela por muito mais tempo. "Aí é amor de verdade. Saímos, transamos, tem um clima romântico".
Já o médico se mostra também interessado em ajudar a família de Ilham, que mora no Togo. O homem, generoso, já enviou para a comunidade onde os pais delas moram dinheiro e presentes, como uma máquina de lavar e eletrodomésticos. "Ele se diz um homem filantropo. Gosta de ajudar as pessoas".
Ilham pergunta: "Tem como o meu namorado ficar com ciúme de um sujeito assim?". Ela só não sabe até quando esse relacionamento a três vai durar.
"Temos afeição um pelo outro. Se ele quiser parar de me dar presentes caros, tudo bem. Já recebi o suficiente", diz ela. "Mas ele fala que ama me deixar feliz".
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