A Secretaria de Saúde de Várzea Grande realizou na tarde de ontem (11.06) uma reunião entre os representantes do Sindicato dos Médicos do Estado de Mato Grosso (Sindimed) e do Executivo Municipal para dar continuidade às negociações em relação à greve dos médicos.
De acordo com informações da presidente do Sindmed, Elza Queiróz, houve boa vontade por parte dos dois secretários, Marcos José da Silva, secretário de saúde e da pasta de Administração, Eduardo Soares de Sá em resolver as pendências que a categoria solicita à pasta.
O Sindimed reclama que alguns médicos não receberam as Verbas Indenizatórias (Vis) dos meses de novembro e dezembro de 2010 e também dos meses de Janeiro, fevereiro e dezembro do ano passado. Eles reclamam das más condições de trabalho e ainda o não cumprimento dos itens da nova lei do PCCV (Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos) como o aumento de 60% do salário dos médicos com títulos e mestrados.
O secretário de Administração, Eduardo Soares de Sá, se comprometeu que em um prazo de 60 dias ele vai regularizar a situação dos holerites e da folha de pagamento dos profissionais de saúde.
Soares alega que por conta da implantação de um novo software que é utilizado para controlar a folha de pagamento dos funcionários do Executivo Municipal apresentou problemas técnicos. A pequena demanda de funcionários na execução do software que também, segundo ele, foi outro fator que comprometeu o atraso dos pagamentos dos funcionários.
“Em 60 dias vou regularizar a questão da folha de pagamento do município e vamos nesse tempo verificar quem está sem receber os salários e tomar as providências para regularizar a situação”, disse o secretário.
Já o secretário de Saúde de Várzea Grande, Marcos José da Silva, informou que uma instituição bancária vai realizar um levantamento de todas as verbas indenizatórias que foram pagas a todos os médicos do município desde 2009 e será possível a verificação quais profissionais estão sem o recebimento do benefício.
A Secretaria de Saúde reforça que importantes solicitações já foram atendidas, como a implantação do PCCV – Plano de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos profissionais, melhorias nas condições de trabalho, ampliação de quatro centros cirúrgicos no PSVG e reformas de policlínicas.
“A pasta nunca fechou as portas ao diálogo e ao entendimento à categoria. Mesmo com a greve iniciada, o sindicato se comprometeu, em documento, a atender 100% o Box de emergência do PS e 30% no Pronto Atendimento", finalizou Marcos José.