Sócia formal de uma das principais empresas de fachada usadas pelo esquema do empresário Carlinhos Cachoeira e pela empreiteira Delta, Roseli Pantoja negou envolvimento com o grupo e disse que seu nome foi usado.
Os parlamentares chegaram a se preocupar com a possibilidade de terem convocado uma homônima, já que o CPF dela não bate com o registrado na empresa Alberto e Pantoja Construções, que recebeu R$ 26 milhões da Delta desde sua criação, em abril de 2010. Além disso, o nome da sócia registrado na empresa é Rosely Pantoja - com "y" e não com "i".
No entanto, ela afirmou ter passado uma procuração para o ex-marido Gilmar Carvalho abrir uma empresa da qual ela admite ser dona, uma loja de artigos de rock, em Brasília. Ela diz que, com a procuração, Carvalho pegou empréstimos e passou cheques sem fundo. Os parlamentares acreditam que essa procuração tenha sido usada para legitimar essas empresas de fachada.
Gilmar Carvalho, por sua vez, é sócio de uma outra empresa fantasma usada pelo esquema Cachoeira, a G&C Construções. Eles estão separados, segundo ela, há dez meses.
"Meu nome foi usado. Fiquei sabendo há dois meses por um jornalista. Eu só sei o que li na internet. Só sei que o meu nome foi usado", disse Roseli.
A CPI deverá convocar Gilmar Carvalho para prestar esclarecimentos.
Mais cedo, o ex-presidente do Detran-GO, Edivaldo Cardoso, apontado como elo entre Cachoeira e o governador goiano Marconi Perillo (PSDB) foi dispensado pela comissão após afirmar que não responderia às perguntas dos parlamentares.
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