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Política Sexta-feira, 11 de Outubro de 2013, 15:58 - A | A

Sexta-feira, 11 de Outubro de 2013, 15h:58 - A | A

Projeto Polêmico

“Se não houver mudança de hábito, os índices de violência tendem aumentar em VG”, afirmou o vereador Taborelli sobre a normatização de vendas de bebidas alcoólicas no município

Aconteceu nesta quinta-feira (10.10) a primeira audiência pública para o debate da Normatização da Comercialização de Bebidas Alcoólicas entre os horários de 23h as 06h no município de Várzea Grande.

da Redação com Assessoria

Aconteceu nesta quinta-feira (10.10) a primeira audiência pública para o debate da Normatização da Comercialização de Bebidas Alcoólicas entre os horários de 23h as 06h no município de Várzea Grande.  O encontro realizado na Câmara de vereadores teve a participação de autoridades municipais, representantes do Estado, Polícia Militar, presidentes do Conselho Comunitário de Segurança (CONSEG) e população.

O requerente do projeto, vereador Pery Taborelli (PV) – popular coronel Taborelli, declarou aberta a audiência pública respondendo questionamento feito a ele, por algumas pessoas, que gostariam de saber se ao propor este projeto polêmico não perderia a popularidade.

“Por várias vezes fui perguntado sobre a perda de popularidade que eu poderia sofrer com a proposição deste projeto. Minha preocupação não é a perda da popularidade, e sim fazer a diferença na realização de um trabalho. Quero contribuir para Várzea Grande e fazer o meu papel como vereador, e não apenas ficar esperando pelo governo do Estado ou Federal para diminuir a descontrolada matança que acontece em nossa cidade”, disse Taborelli.

Ainda segundo o parlamentar, se não houver uma mudança de hábito, a tendência é aumentar o índice de violência. “Sozinhos não conseguiremos reduzir os altos índices de morte por violência. A sociedade deve participar destes debates para enriquecer as ideias, pois nem os vereadores e policiais são os donos da verdade, se caso acharem melhor ficar do jeito que se encontra, então ficarei junto com a opinião pública”, ressaltou Pery.

Inicialmente o projeto prevê que bares, restaurantes e similares fiquem proibidos de comercializar bebidas alcoólicas entre 23h a 06h, horários que segundo pesquisas da polícia militar é a zona de perigo, onde se acontece assaltos, acidentes por embriagues, entre outros.

Um dos defensores do projeto, coronel Wilquerson Sandes, relatou que estudos identificaram que 50% dos casos de violência, envolvendo brigas e acidentes de trânsito, as vítimas estavam embriagadas.

“As mortes em VG estão em sua maioria ligada ao jovem, que está envolvido com algum tipo de droga, seja ela, licita ou ilícita.  No Japão para cada 100 mil habitantes, duas são vítimas de homicídio; na Bolívia de cada 100 mil, 16 são vítimas de homicídio; já no Brasil de cada 100 mil, 40 a 50 pessoas morrem pela violência, números alarmantes que precisam ser reduzidos”, disse Sandes.

Outro dado apresentado pelo coronel Wilquerson foi à redução do índice de violência que aconteceu no mês de dezembro de 2012, quando uma ação em conjunto com a fiscalização da prefeitura, denominado “Pacto pela Vida”, fechou bares e similares no município por não possuírem alvarás de funcionamento.

“A redução dos homicídios foi bastante significativa, o que demonstra que o álcool é o estopim da violência e a porta de entrada para as drogas ilícitas. Não queremos acabar com o comércio de bebidas, mas é notável que a  desenfreada comercialização de bebidas faz, em muito, a diferença no índice de violência”.

Destacou-se também na audiência que ampliar o número de efetivo ou a frota da polícia, apenas aumentará o poder de combate, mas não cessará o problema. A polícia não estará em todos os lugares, ao mesmo tempo.

O projeto foi lido e aberto as discussões onde todos os presentes foram ouvidos e tiveram suas opiniões colhidas pelos propositores do projeto. De acordo com Taborelli, outras audiências serão realizadas,  nos bairros, para que  a população possa entender que reduzir o índice de violência é uma questão de saúde pública e precisa ter o empenho e contribuição da sociedade.

Também estiveram presentes na audiência os vereadores Miriam Pinheiro (PHS), Ivan do PT, Sirley Salete, comandante Adjunta da Guarda Municipal; secretário de Receita de  Várzea Grande, Luís Botelho; Ademar Torres de Almeida, investigador de polícia; os presidentes dos CONSEG, Carlos Alberto, Danilo Moraes e Osenir Silveira.

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