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Política Quarta-feira, 26 de Agosto de 2020, 15:11 - A | A

Quarta-feira, 26 de Agosto de 2020, 15h:11 - A | A

quebra de decoro parlamentar

Pressionado, Jayme diz que aguarda reuniões presenciais para analisar parecer da representação contra Flávio

Edina Araújo & Adriana Assunção/VG Notícias

Pressionado a abrir um processo de cassação contra o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), o senador e presidente do Conselho de Ética do Senado, Jayme Campos (DEM-MT) em entrevista ao oticias afirmou que aguarda receber o parecer da Advocacia-Geral do Senado sobre a representação feita pelo PSOL, PT e pela Rede contra o parlamentar.

Jayme afirmou que o parecer já se encontra com a Mesa Diretora da Secretaria Geral da Casa, porém ainda não teve acesso ao documento, que manifestou pelo arquivamento. Segundo ele, os trabalhos do Conselho de Ética, aguardam as reuniões presenciais para dar continuidade. Leia mais - Com parecer pelo arquivamento, Jayme diz que poderá dar continuidade em cassação de Bolsonaro

“Não tem nada! Como presidente recebi a manifestação e encaminhei à Advocacia-Geral do Senado, que já manifestou e protocolou com a Mesa Diretora. A Secretaria vai encaminhar para mim, eu vou ter muito critério, analisar a luz da lei da Constituição Federal e do próprio Regimento Interno qual encaminhamento que vai ser dado. Eu não tenho conhecimento do que foi a decisão. Cabe eu como presidente do Conselhode Ética divergir também do parecer da Advocacia-Geral do Senado, mas eu preciso estar com o material, até porque isso é democrático. Se tiver que abrir o direito a defesa a lei é soberana”, enfatizou o senador.

As representações do PSOL, PT e da Rede, pedindo a perda de mandato, foram feitas em fevereiro deste ano, no entanto, devido à pandemia os trabalhos foram suspensos. Flávio Bolsonaro é conhecido como filho 01 do presidente da República, Jair Bolsonaro (Sem partido) ocupa o cargo de 3º secretário da Mesa Diretora.

As cobranças voltaram com a denúncia do “esquema rachadinha” que identificou repasse de R$ 2 milhões. O esquema consiste na devolução de parte do salário de alguns funcionários de gabinete, supostamente chefiado pelo assessor, Fabrício Queiroz, quando o hoje senador Flávio Bolsonaro era deputado na Assembleia Legislativa do Rio.

A primeira-dama Michelle Bolsonaro também é investigada depois que o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras, atuamente UIF, ou Unidade de Inteligência Financeira), órgão que atua na prevenção e combate à lavagem de dinheiro, identificou diversas transações suspeitas feitas por Queiroz no período em que atuou como assessor de Flávio.

 
 
 

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