A Comissão de Segurança de Magistrados do Poder Judiciário de Mato Grosso negou a continuidade da proteção pessoal prestada a magistrada aposentada Selma Arruda (PSL)- e concedeu prazo de 48 horas para a sua implementação pela Coordenadoria Militar do Tribunal de Justiça do Estado.
Selma Arruda solicitou ao Poder Judiciário de Mato Grosso a manutenção da escolta policial – sob alegação de ter recebido várias ameaças de membro de organização criminosa.
A juíza aposentada alegou ainda, que em março deste ano, foi abordada por uma pessoa ligada a organização criminosa, que teria feito várias observações à sua segurança.
No entanto, a comissão concluiu que o risco atual de Selma Arruda é baixo, aplicável a qualquer magistrado em atividade no Estado, independente da área de atuação, de acordo com os dados técnicos da Coordenadoria Militar, aparados pelas informações do Núcleo de Inteligência da Polícia Federal, Gaeco, da diretoria de Inteligência da Polícia Judiciária Civil.
Além disso, segundo a comissão, foram constatadas quebra de protocolo de segurança – por conta de Selma frequentar lugares de grande aglomeração de pessoas que compromete a atuação de sua equipe – o que potencializaria eventual risco de ocorrência de atentado.
Fazem parte da Comissão de Segurança do Poder Judiciário, o desembargador Carlos Alberto Alves Rocha (presidente), os magistrados Maria Rosi de Meira Borba (membro), Marcos Faleiro da Silva (membro), Bruno D’ Oliveira Marques (membro) e o tenente coronel Benedito Sérgio SP. Ferreira.
Outro Lado – A assessoria de imprensa de Selma Arruda, por meio de nota, informou que a magistrada aposentada deve recorrer da decisão do TJMT que suspende escolta, e considera a “medida é desproporcional" ao trabalho desenvolvido por ela durante o exercício do cargo de juíza.
Veja abaixo na íntegra:
Selma Arruda deve recorrer à decisão do TJMT, que suspende escolta à magistrada
A decisão da Comissão de Segurança do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) de suspender a escolta fornecida à juíza aposentada Selma Arruda, que é pré-candidata ao Senado pelo PSL, contraria o parecer da Coordenadoria Militar do próprio Tribunal. Depois de dois meses de aposentadoria essa medida é desproporcional ao trabalho desenvolvido por ela durante o exercício do cargo, sendo responsável pelos crimes cujos processos de alta complexidade tramitavam na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, que é competente para julgar o Crime Organizado, Crime Contra a Ordem Tributária e Econômica e Contra a Administração Pública e Lavagem de Dinheiro que envolvem políticos que ocupam ou ocuparam cargos no Legislativo e Executivo.
Selma Arruda ingressou na magistratura em 1996, onde pautou sua atuação pelo combate à corrupção e ao crime organizado, em 22 anos de atuação na Justiça Criminal no Estado. Atuou contra o crime organizado no Estado e expediu ordens de prisões de grandes nomes da política e empresários de Mato Grosso. Desde setembro de 2015 sendo alvo de ameaças, é escoltada por policiais militares, que se revezam para protegê-la 24 horas por dia. A juíza Selma Arruda vai utilizar todos os recursos cabíveis para contestar a decisão.
O juiz federal Odilon de Oliveira pré-candidato ao senado Partido Democrático Trabalhista (PDT), às próximas eleições em Campo Grande (MS), conhecido por sentenciar traficantes internacionais e atuar em ações de combate ao crime organizado ganhou projeção nacional após ameaças de morte e a condenação de narcotraficantes tinha escolta da Polícia Federal. Após a aposentadoria a decisão pela manutenção da escolta policial por prazo indeterminado foi garantida.
O governador Pedro Taques também teve a escolta da Policia Militar do Estado mantida durante as campanhas ao Senado Federal e depois ao governo de Mato Grosso.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).