O tenente-coronel PM, Marcos Eduardo Ticianel Paccola, conseguiu Harbeas Corpus preventivo, no plantão judicial, que antecedeu a Operação da Polícia Civil, que determinou a prisão dele e mais três oficiais militares envolvidos em adulteração de armas. O habeas corpus com pedido de liminar foi concedido pelo desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), Sebastião Barbosa Farias, as 2h27min desta quarta-feira (21.08).
“Cumpre ressaltar, ainda, que a prisão se justifica somente em razão de suposta gravidade, mas também pelo risco de frustração das investigçaões e da elucidação acerca da autoria e materialidade delitivas, o que não se verifica ‘à priori’”, decide o magistrado.
A informação foi confirmada pelo advogado de Paccola, Ricardo Monteiro, que justifica o pedido antecipado de HC pelas conversas de bastidores nos corredores da Polícia Militar. “Tinha conversa, nas últimas duas semanas, e vinha crescendo, neste sentindo, de que iria acontecer a prisão de alguns militares, e entre eles estavam Paccola. Por isso entramos com HC no plantão”, disse.
Questionado o motivo do pedido ter sido feito justamente na noite que antecedeu a Operação, Monteiro disse que as conversas ficaram intensas no dia de ontem (20), por isso resolveu entrar com a ação judicial. “Essa conversa vinha crescendo e vinha se tornando insustentável, mesmo sendo verdade ou não. Ontem estava insustentável mesmo, hoje acabou confirmando”, disse o advogado.
Paccola está no município de Sinop ministrando um curso. Ainda não há confirmação se ele virá para Cuiabá. Monteiro explica que não tem conhecimento dos autos então não pode falar nada sobre as acusações.
Ele e mais três oficiais são investigados por adulteração e armas dentro da Superintendência de Apoio e Logístico e Patrimônio (SALP). Paccola, no entanto, emitiu uma nota, afirmando que está confiante, inocente e acredita na justiça.
Veja nota na Íntegra:
Mensagem Aberta aos Amigos e Irmãos
Primeiramente, não seria justo iniciar de maneira diferente, portanto agradeço a todos, sem exceção, as centenas de mensagens e contatos recebidos de pessoas diversas, na maioria desabafando indignação e oferta de apoio quanto aos desdobramentos que resultaram neste momento, de igual forma agradeço o pensamento, porém descarto e desprezo toda energia proveniente do sentimento de vitimismo ou de pena para comigo porque é indigno este sentimento para com qualquer ser humano que tenha seu caráter alicerçado em valores e princípios fundamentais, afinal a FORÇA é atributo de todos que decidem lutar, mas a HONRA é um dom concedido a poucos escolhidos para vencer.
Creio piamente que, nem mesmo uma folha cai de uma árvore se não for da vontade de Deus, e neste momento compreendo que esse mesmo Deus esteja me usando e me dando uma oportunidade de ser uma ferramenta do bem, porque ele não se alegra com a injustiça, portanto, todo aquele que crê deve se dedicar à justiça rejeitando toda forma de injustiça em sua vida, assim sendo, a justiça é tudo que é apropriado, logo injustiça é aquilo que é impróprio. Por exemplo, injustiça tanto é cometer um crime quanto aplicar uma pena excessiva pelo crime, ou se promover diante da aplicação.
Deixo claro que não estou clamando inocência, muito menos fugindo de minhas responsabilidades perante a Justiça dos Homens diante de meus atos cometidos, porque isso nunca fez e nem tampouco fará parte do meu propósito de vida na construção de um legado que está materializado nas ações, atitudes e resultados que falam por si só, e principalmente, o que mais me orgulha é de ter a certeza que sempre mantive minhas ações e atos buscando ajudar a todos que de alguma precisavam, e quando isso não foi possível, fiz e faço toda questão de ser sincero e de auxiliar ao menos não atrapalhando, sem jamais usar ou pisar em pessoas para autopromoção na conquista de holofotes.
Neste momento, reforço o pedido de sempre ao Poderoso Deus que não me conceda fardos mais leves, mas sim, ombros mais fortes, e que eu possa continuar ajudando e inspirando pessoas, e que não me permita abandonar em especial aqueles que por anos perderam o convívio familiar, a saúde física e mental por acreditar que poderiam e deveriam fazer o que fosse necessário para manter em pé o último pilar que separa a sociedade da barbárie e do caos, quantas vidas inocentes salvamos porque não fomos covardes??? Isto porque somos 2% da amostra humana, na hora de escolher, optamos por fazer acontecer a qualquer custo, enquanto a maioria da amostra humana vive a penumbra cinzenta da mediocridade, na dúvida se faz a opção de fazer certo as coisas ou a coisa certa e acabam não fazendo nada além de assitir o resultado para não correr riscos, nem tampouco ter inconvenientes ou exposições vexatórias, junto formam o Grupamento dos 3 "Is".
Ora pois, reforço que por vencidos jamais nos conhecerão, e que nossos feitos continuarão Ecoando por toda ETERNIDADE, posso garantir a todos, que os atos irregulares que eu possa ter cometido foram sempre conscientes e de decisão exclusivamente particular na validação do risco calculado. Minha única base para tomada de decisão e de pesar pessoal é a a seguinte reflexão: Eu contaria com orgulho em roda de fogueira para filhos e netos a situação dos fatos e os porquês dos atos?
Por fim, clamo aos demais policiais que neste momento seguram os alicerces da muralha que não se sintam atingidos, nem tampouco se esmoreçam, seguimos todos de cabeça erguida, e devemos seguir firme na missão, afinal são as adversidades que nos fortalecem, e se queremos ter a paz, precisamos estar prontos para a guerra, que hoje é irregular e assimétrica, no campo operacional, no campo ideológico, no campo político e no campo informacional. Nossa maior luta é de nos manter atentos para que não sejamos usados como fantoches ou peças em um tabuleiro por pessoas seduzidas pelo status e poder, afinal a prisão mais difícil do homem se libertar é da sua própria consciência e eterno somente será a Glória e o desistir.
Lutem com todas as forças e quando elas acabarem lutem sem elas, porém desistir JAMAIS.
Vida longa aos Homens de HONRA
Marcos Paccola Cuiabá-MT, 21/08/2019
* Em tempo e dever de Justiça agradecer de igual forma aos policiais que foram designados para cumprir a ordem Judicial por todo profissionalismo, respeito e cordialidade para com minha família porque contínuo por aqui no inteiror do Estado firme e focado na missão de colaborar com a mudança de cultura ligado a segurança e autodefesa.
Minha mais marcial e altiva continência a todos os senhores e senhoras
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