O governador Mauro Mendes (União Brasil) afirmou nesta segunda-feira (09.12) que estão transformando em absurdo a cena do policial militar jogando um homem de uma ponte, em São Paulo. O PM envolvido no caso foi preso e as imagens gravadas levaram o governador de São Paulo, Tarcísio Freitas (PL), recuar e defender o uso de câmeras nos policiais.
Segundo o governador de Mato Grosso estão transformando a cena em algo que não deve ser defendido, como a utilização das câmeras por policiais, o que na opinião dele seria uma "inversão de valores".
"É claro que aquele policial não deveria fazer aquilo e ele tem que ser punido por aquilo, agora pegar um fato desse e transformar em um absurdo, acho que é uma mudança e uma inversão completa de valores nesse país, eu vejo direto aí rodando na mídia social, nas redes e em muitos lugares, vídeos de criminosos que assassinam a sangue frio cidadão e cadê a indignação contra essas pessoas, um policial que fez uma coisa errada vai querer manchar os milhares de policiais bons, corretos e honestos que existem nesse país", declarou Mendes.
Mauro Mendes também defendeu o trabalho da Polícia Militar, elogiando os profissionais que, segundo ele, arriscam suas vidas diariamente para garantir a segurança da população. “A PM no Brasil tem homens valorosos e honestos que arriscam sua vida para trazer segurança pública. Colocar câmeras nas fardas é tratá-los como se fossem os bandidos desse país”, afirmou.
O governador também expressou ceticismo quanto à eficácia das câmeras em reduzir a criminalidade. “A câmera pode até inibir alguma coisa, mas hoje no Brasil menos de 0,0 qualquer coisa é cometido por policiais. No que isso vai diminuir o roubo de celular? No que isso vai reduzir os mais de 40 mil assassinatos que temos por ano, todos feitos por bandidos?”, argumentou. Ele classificou a medida como "hipocrisia" e opinou que a iniciativa pode, na verdade, prejudicar o ambiente de segurança pública.
A declaração de Mendes ocorre em meio a um debate nacional sobre o uso de câmeras corporais por forças policiais, uma medida que já foi adotada em estados como São Paulo, onde estudos apontam redução no uso de força letal. Contudo, o governador reforça sua posição contrária, argumentando que a medida desvaloriza o trabalho policial e não resolve os problemas estruturais da violência no Brasil.
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