A 2ª Vara de Falências e Recuperações de São Paulo aprovou nesta terça-feira (20) o pedido de recuperação judicial da Alumini Engenharia S/A (ex-Alusa), empresa citada nas investigações da Operação Lava Jato. O pedido foi feito no último dia 15 de janeiro.
Segundo a assessoria de imprensa da construtora, o plano será submetido à aprovação dos credores, com um plabno elaborado pelo escritório de consultoria Alvarez & Marsal, e assessoria jurídica está a cargo do escritório Leite, Tosto e Barros Advogados. O plano de recuperação deverá ficar pronto em 60 dias, informou a empresa.
Um relatório interno da Petrobras apontou que a Alusa Engenharia, investigada na Lava Jato por participação no cartel de empresas que fraudavam licitações na estatal, foi contratada para a construção da casa de força de Abreu e Lima por R$ 966 milhões. O valor, de acordo com a sindicância, era 272% maior do que o orçado inicialmente no projeto.
Denúncias
A Petrobras está no centro das investigações da operação Lava-Jato, da Polícia Federal. O esquema, segundo a PF, foi usado para lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, segundo as autoridades policiais, e movimentou cerca de R$ 10 bilhões. De acordo com a PF, as investigações identificaram um grupo brasileiro especializado no mercado clandestino de câmbio.
Os principais contratos sob suspeita são a compra da refinaria de Pasadena, nos EUA, que teria servido para abastecer caixa de partidos e pagar propina, e o da construção da refinaria de Abreu e Lima, em Pernambuco, da qual teriam sido desviados até R$ 400 milhões.
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