O partido Democratas saiu enfraquecido das eleições de 2020. A avaliação é de um dos “caciques” da sigla, ex-governador Júlio Campos (DEM), em entrevista ao oticias nesta quinta (17.12).
Para Júlio, ele, o seu irmão Jayme Campos, bem como toda executiva estadual do DEM falharam ao não optar em lançar candidaturas próprias no pleito de 15 de novembro, nas principais cidades de Mato Grosso. O que, segundo ele, poderá trazer “sequelas” para a sigla nas eleições majoritárias de 2022.
“Perdemos várias Prefeituras importantes que eram nossas para outros partidos e não disputamos nas principais cidades. A própria Executiva falhou, eu, Jayme, todos falhamos. Não adianta tapar o sol com peneira, dizer que o DEM fez 25 prefeitos, tínhamos 32 e a meta era 45, elegemos 25 e só de municípios pequeno, para você ter uma ideia o município mais importante que o DEM comandará a partir de janeiro é Juara, que tem 23 mil eleitores, dos 2,3 milhões de eleitores de Mato Grosso apenas 232 mil eleitores estão governados pelo DEM, ou seja 10%”, destacou o democrata.
Conforme Júlio é necessário começar a preparar o partido agora em 2021. “Se não começar a preparar o DEM agora em 2021, porque em 2022 quando terá eleição, não tem mais coligação para deputado estadual e nós vamos fracassar, porque temos que ter 32 candidatos a deputados estaduais para eleger dois ou três e vamos ter no mínimo 12 deputados estaduais para eleger um ou dois”, declarou o ex-governador.
Como exemplo de falta de preparo, Júlio lembrou que os secretários estaduais, Mauro Carvalho, Gilberto Figueiredo não se descompatibilizaram a tempo para disputar a Prefeitura de Cuiabá. Para Júlio, em Cuiabá o partido poderia ter seguido para o segundo turno com chance de vitória se disputasse com candidato próprio.
“Fábio Garcia levou nós na conversa fiada até a última hora dizendo que iria e não foi, terminou tendo que apoiar Roberto França do patriotas, e fracassou teve 9% dos votos. Elegemos um só vereador. Resultado, política não se faz a curto prazo, pela experiência que tenho, se faz a médio prazo. Temos que começar a preparar agora, se não daqui há dois anos não temos companheiros para ir pra guerra conosco, os outros partidos se movimentam”, afirmou o democrata.
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