O senador da República Jayme Campos (União), fez uma defesa enfática do Projeto de Lei nº 3.786/2021, de sua autoria, durante uma audiência pública realizada na Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL/MT). O projeto tem objetivo de tipificar o crime de narcocídio, ou seja, o assassinato relacionado ao tráfico de drogas. Segundo Jayme, a discussão ocorrida nessa quinta-feira (15.06) busca a redução ou até mesmo o extermínio do narcotráfico, e consequentemente do "narcocídio", que envolve assassinatos ligados à produção, distribuição e venda de drogas ilícitas.
Durante seu discurso, o senador ressaltou a importância do Projeto de Lei 3.786 no aprimoramento das leis brasileiras, que, infelizmente, estão se tornando obsoletas ao longo do tempo. Ele expressou sua confiança de que, com a contribuição das autoridades presentes na audiência, será possível enriquecer o projeto e aprová-lo tanto no Senado quanto na Câmara em um futuro próximo. “Tenho certeza que o projeto 3.786 é extremamente importante para o Brasil no aprimoramento as nossas leis, que lamentavelmente no decorrer do tempo estão sendo superada. Aqui nesta audiência podemos ouvir autoridades com conhecimento profundo no assunto para enriquecermos de tal forma esse projeto, que em um futuro bem breve, conseguiremos aprovar no Senado, mas sobretudo na Câmara”, declarou Jayme.
Precisamos da mão forte do Estado no combate ao narcotráfico e sobretudo ao narcocídio
Jayme salientou que cabe ao relator do PL, o senador Vanderlan Cardoso, por Goiás, aceitar ou não as emendas propostas durante a discussão. No entanto, o senador ressaltou que o mais importante é combater as organizações criminosas que, direta ou indiretamente, afetam cerca de 30 milhões de famílias no Brasil.
“Estou feliz com o interesse da sociedade, das autoridades que vieram do Paraná, de São Paulo, Goiás, de grande parcela do território nacional dar a sua contribuição para fazermos um projeto que possa de fato acabar com as facções criminosas, seja Comando Vermelho, ou seja, PCC, enfim, organizações criminosas que hoje sequestram que transformam muitas famílias de refém”, afirmou Jayme.
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Jayme enfatizou a importância de aumentar as punições para os faccionados que comentem crimes relacionados ao tráfico de drogas. Segundo ele, enquanto as famílias vivem reclusas em edifícios e condomínios cercados por muros, os criminosos estão livres para cometer crimes.
“Vamos sair de 16 para 17 anos iniciais, na Colômbia inicia com 17 termina com 40 anos, então, temos que aumentar a pena, caso contrário, vamos reduzir. O Estado tem que ter a mão forte, hoje lamentavelmente o narcotráfico é mais forte do que o Poder do Estado. Isso temos que exterminar. O Estado tem que ser muito mais forte, não temos que de maneira alguma deixar prosperar como lamentavelmente hoje prospera em todos os Estados e municípios brasileiros, deixando a sociedade refém.”
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