O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) determinou a cobrança de propina no valor de R$ 18 milhões da empresa espanhola CAF, responsável pela venda dos vagões do VLT ao governo do Estado. Porém, a empresa não teria efetuado o pagamento da vantagem indevida.
Segundo o inquérito policial, divulgado pelo MPF, o ex-secretário Pedro Nadaf afirmou em delação premiada que na época da escolha do modal, Silval teria solicitado a ele para descobrir como funcionava o sistema financeiro na Suíça, alegando que receberia cerca de 8 milhões de euros em propina da empresa espanhola CAF, responsável pela venda dos vagões do VLT ao governo do Estado.
Em sua delação premiada, Silval negou a cobrança de propina em euros, e afirmou aos procuradores do MPF que solicitou ao então secretário da Secopa, Maucío Guimarães uma cobrança de propina no valor de R$ 18 milhões da empresa espanhola (3% do valor do contrato), sendo que posteriormente diretores da CAF, Renato de Souza Meireles e Agenor Marinho Contente Filho, concordaram e pagar o retorno exigido pelo governador.
Conforme ele, foram realizadas reuniões em Cuiabá, Brasília e em São Paulo com os diretores da empresa para tratar sobre o pagamento da propina.
Porém, após as tratativas o “retorno exigido” não foi pago para o grupo do ex-governador. Barbosa disse em depoimento que ele e Maurício procuraram os diretores da empresa cobrando o pagamento da propina.
“Os representantes citados afirmaram que estariam adotando providências para cumprir a promessa de pagamento dos retornos e que, naquele momento, estaria adquirindo precatórios do Estado ou cidade de São Paulo com os quais pagariam a propina combinada”, diz extraído do inquérito policial.
No entanto, mesmo após a cobrança os diretores da empresa espanhola CAF não efetuaram o pagamento da propina.
Os 40 vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) custaram R$ 497.990.000,00 milhões aos cofres públicos e atualmente estão abandonados próximo ao aeroporto Marechal Rondon, em Várzea Grande.
Entre no grupo do VGNotícias no WhatsApp e receba notícias em tempo real (CLIQUE AQUI).