Agradecimentos, desabafo e conselhos foram os assuntos tratados na reunião na casa da prefeita Lucimar Campos (DEM), na noite dessa quinta-feira (04.03), com os oito vereadores que votaram contra o afastamento da Democrata na sessão de quarta (02.03), vice-prefeito Arilson Arruda, e demais aliados.
De acordo com fontes do VG Notícias, que participaram da reunião, Lucimar abriu o “encontro” agradecendo o voto de confiança dos parlamentares da base, e garantiu que as 17 denúncias protocoladas no Legislativo contra ela são infundadas.
A prefeita desabafou com os convidados que a denúncia que mais a magoou foi relacionada ao seu falecido filho, Jaime Veríssimo de Campos Júnior – o Jaiminho. A denúncia questionava a mudança do nome da escola municipal situada no bairro Nova Várzea Grande, que antes levava o nome do esposo da prefeita “Escola Municipal Jaime Verissimo de Campos”, mas, para cumprir a lei federal 6.454, de 24 de outubro de 1977, que proíbe Estados e municípios de atribuir nome de pessoa viva em bens públicos, passou a ser denominada “Jayme Veríssimo de Campos Júnior”.
Lucimar também pediu conselhos ao seu grupo de aliados de como deveria lidar com os 13 vereadores que votaram pelo seu afastamento. A dúvida da prefeita, segundo fontes, é se ela deveria puni-los, demitindo seus indicados em cargos comissionados da Prefeitura, ou se deveria tentar uma reaproximação.
As opiniões foram divergentes. Um grupo defendeu a imediata punição, já outro, liderado pelo líder da prefeita, vereador Claido Celestino – o Ferrinho -, defendeu o apaziguamento. Ele pediu para a prefeita dar mais uma chance para os opositores e tentar uma reaproximação.
Da mesma opinião, foi o ex-senador Jaime Campos (DEM), que incumbiu a tarefa, de tentar trazer para a base da prefeita “os vereadores rebeldes”, aos parlamentares presentes.
No entanto, os vereadores também pediram mais respeito com a Casa de Leis, e solicitaram para que o grupo político da prefeita pare de colocar “notinhas” difamando o Legislativo, pois, caso contrário, ficará difícil tentar acalmar os ânimos.
O vice-prefeito concordou com o posicionamento dos parlamentares e destacou que é importante que o Executivo mantenha respeito para com o Legislativo, para que os Poderes possam viver harmonicamente.
Outro ponto divergente segundo a fonte, foi a tentativa de trazer a vereadora Miriam Pinheiro (PHS) para a base da prefeita. Um dos oitos parlamentares não gostou nada da ideia e adiantou, “se ela entrar, eu saio”.
No final, ficou acertado que não haverá, neste primeiro momento, punição contra os 13 vereadores e que o grupo de Lucimar tentará uma nova reaproximação.
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