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Política Sexta-feira, 08 de Novembro de 2013, 09:48 - A | A

Sexta-feira, 08 de Novembro de 2013, 09h:48 - A | A

'É absurdo paralisar obra', diz Dilma no RS sobre recomendação do TCU

TCU recomendou paralisação, mas presidente garante conclusão.

do G1 RS

Em visita ao Rio Grande do Sul nesta sexta-feira (08.11) para participar da inauguração de uma nova plataforma de petróleo em Rio Grande, a presidente Dilma Rousseff criticou a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU) de paralisar sete obras pagas com recursos federais, entre elas a implantação de pavimentação da BR-448, a Rodovia do Parque, na Região Metropolitana de Porto Alegre.

"É absurdo paralisar uma obra. É algo extremamente perigoso. Depois ninguém repara o custo. Para e ninguém ressarce o que foi perdido. Mas vai ficar pronta e vamos inaugurá-la", declarou em entrevista a rádios locais. Ao G1, a assessoria de imprensa do TCU informou que o órgão não vai comentar as declarações da presidente.

Dilma também avisou que pretende participar da cerimônia de inauguração da BR-448. "Eu não perco a inauguração por nada. É um resgate da segurança. Encerrou uma polêmica e é emblemática para qualquer governo", disse Dilma, descartando que o anúncio da presença em mais um evento no Rio Grande do Sul não configura ação de campanha para reeleição.

"É porque eu participei do processo dela. É uma rodovia que vai de fato garantir que não tenha trânsito pesado na região. É emblemática para meu governo, para qualquer governo que sabe o que cada cidade precisa, não tem nada a ver com eleição", salientou.

A rodovia une Sapucaia do Sul a Porto Alegre, a oeste da BR-116. A obra tem o objetivo de desafogar o trânsito desta nos horários de pico na Região Metropolitana. Por passar atrás do Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio, recebe o nome de Rodovia do Parque.

Apesar de ser construída com a ajuda de recursos federais, a rodovia é administrada pelo estado, e não pelo governo. Por isso, a presidente descartou a federalização. A construção já dura três anos, e a conclusão é esperada para o fim do ano.

“Não há previsão de governo federalizar via urbana. Não tem como o governo assumir para si as obras do entorno do estádio do Grêmio, é da prefeitura e tem que ser resolvida como tal”, afirmou, sobre as obras do entorno da Arena.

A presidente ainda falou sobre o estudo que definirá os projetos que serão elaborados para a travessia a seco entre São José do Norte e Rio Grande, na Região Sul do estado, a presidente diz que se trata de uma obra fundamental. Segundo ela, o estudo vai dar um valor aproximado e uma avaliação sobre qual a melhor solução: ponte ou túnel.

"Eu pessoalmente acredito, um chute, que está mais para ponte do que para túnel, mas não se sabe", aposta Dilma.

O superintendente do Porto de Rio Grande, Dirceu Lopes, acompanhou a entrevista pelas rádios locais. "Seria possível a construção de uma ponte móvel ligando Rio grande à Ilha do Terrapleno e depois a São José do Norte. Acho certa a posição dela de fazer um estudo", disse ao G1.

Inauguração em Rio Grande - Após as entrevistas, Dilma seguiu para visita no estaleiro de Rio Grande onde, ainda pela manhã, inaugura a P-58, que vai explorar petróleo no Campo de Baleia Azul, no estado do Espírito Santo. A estrutura tem 330 metros de comprimento, 63 metros de altura e 56 metros de largura. O início da viagem está previsto para a próxima semana.

A plataforma é a quarta construída no Porto de Rio Grande. A previsão é de que ela produza 180 mil barris de petróleo e 6 milhões de metros cúbicos de gás. Dilma deve permanecer em Rio Grande até o começo da tarde, segundo sua agenda oficial, e depois retorna para Porto Alegre. Ainda não está definida a volta para Brasília.

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