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Política Quinta-feira, 18 de Julho de 2019, 18:16 - A | A

Quinta-feira, 18 de Julho de 2019, 18h:16 - A | A

Grampolândia

Coronel é citado como “ponte” de Taques para inserir “barriga de aluguel”

Larissa Malheiros/VGNotícias

Reprodução

Coronel Airton Benedito Siqueira Júnior

 

Citado por várias vezes em depoimentos dos militares envolvidos nos casos dos grampos ilegais, em Mato Grosso, como sendo a pessoa responsável por entregar os números a serem inseridos no esquema “barriga de aluguel”, o coronel Airton Siqueira Júnior é o único que atualmente não responde na Justiça Militar pelas interceptações ilegais "grampolândia". 

Segundo fontes do oticias, com os novos depoimentos, o Ministério Público tem elementos suficientes que demonstram a participação ímpar de Siqueira - e pode apresentar denúncia contra ele na Justiça Militar. “Na época dos fatos, não existiam provas suficientes dentro do Inquérito Policial Militar (IPM). Essas declarações demonstram participação direta dele ”, disse a fonte.

O coronel que era homem de confiança do ex-governador Pedro Taques (PSDB), atuava no esquema como "ponte”, ou seja, era ele que entregava ao coronel Evandro Lesco ou ao cabo Gerson Corrêa os números de interesse do ex-chefe da Casa Civil, Paulo Taques e do ex-governador Pedro Taques, para serem ouvidos de forma ilegal.

“Esses números foram repassados dentro da Casa Militar, tudo com o interesse do secretário chefe da Casa Civil. Fiz um relatório entreguei para o Lesco, não sei se foi ele ou o coronel Siqueira que levou para o Paulo Taques”, disse o cabo ao afirmar nunca ter pego nenhuma lista diretamente com os primos Taques, mas sim com Siqueira.

Ainda conforme investigação, no processo de recrutamento de policiais militares para atuarem no campo operacional da organização, como por exemplo, realizar trabalho de escuta dos alvos manutenção dos equipamentos, houve participação direta do coronel Airton Benedito de Siqueira Júnior, época comandante do Centro Integrado de Operações Aéreas, depois alçado a adjunto e, em seguida, titular da Casa Militar, função notadamente estratégica e de grande influência.

Esdras - O coronel que foi preso em 2017, na Operação Esdras, que responde neste caso, como sendo responsável pela tentativa de atrapalhar as investigações que envolvia os demais militares no esquema, é lembrando em todo processo como um atuante estratégico para captação de alguns militares para atuarem no campo operacional da organização pela sua grande influência.

Ainda é destacado na denúncia que originou o processo, que tramita em segredo de justiça, que Siqueira foi destinado para a Secretaria de Justiça Diretos Humanos, cuja conveniência dentro da estrutura passou a ser ímpar, uma vez que com a segregação de diversos suspeitos identificados na investigação, as funções inerentes ao seu cargo incluíam a administração do sistema prisional no qual se encontram os investigados presos.

Vale lembrar, que o coronel, considerado braço direito de Paulo Taques, durante a oitiva no IPM em 2017, lançou diversas acusações em relação terceiros, inclusive tentou imputar fato criminoso contra o desembargado Orlando Perri. Na época do IPM, ele estava acompanhado do então seu advogado, o ex-secretário Paulo Taques.

Ele também foi apontado como participante no esquema em que filmaria o desembargador tentando desacredita-lo. Pesa ainda sobre ele, a acusação de ter usado de sua amizade com o corregedor da PM, na época dos fatos, para mudar a farda de uso daquele dia, e assim facilitar uma escuta e vídeo em um militar para gravar e filmar Perri.

 

 

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