Com suspeita de superfaturamento, o pagamento de R$ 19,4 milhões para a empresa curitibana Kango Brasil Ltda, responsável pelo fornecimento de 44,5 mil assentos para a Arena Pantanal, em Cuiabá, foi suspenso por recomendação do Ministério Público do Estado (MPE).
Além disso, o MPE, por meio do promotor Clóvis de Almeida Júnior, da 36ª Promotoria de Justiça de Defesa do Patrimônio Público, instaurou procedimento para investigar se a compra das cadeiras foi ou não superfaturada pelo governo de Mato Grosso.
De acordo com o procedimento, o MPE notificou a Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo, Fifa 2014 (Secopa/MT), por meio do secretário Maurício Guimarães, e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES – financiador da obra -, para que se abstenham de efetuar os pagamentos para empresa enquanto os contratos são analisados.
Conforme a recomendação do MPE, caso seja detectada falhas no contrato, será feita uma nova licitação para a aquisição das cadeiras.
Entenda - Segundo denúncia, o governo de Mato Grosso contratou por R$ 19,4 milhões a empresa Kango Brasil, para fornecer e instalar 44,5 mil cadeiras na Arena Pantanal. No entanto, a mesma empresa cobrou R$ 12,7 milhões, para fornecer quase o dobro (72,4 mil cadeiras) ao Estádio Mané Garrincha, de Brasília, ou seja, uma diferença de R$ 6,9 milhões.
A Kango Brasil, foi a vencedora do processo licitatório por Regime Diferenciado de Contratação (RDC), da Secretaria Extraordinária da Copa do Mundo, Fifa 2014 (Secopa), para fornecer assentos e mobiliário esportivo para a Arena Pantanal.
Conforme a Secopa, serão adquiridos 40.882 assentos esportivos para as arquibancadas da Arena Pantanal, 1.088 para camarotes internos das áreas Vips, 536 para uso nos camarotes internos, 1.098 para camarotes externos e 60 assentos para a área VIP. Além disso, estão previstos a aquisição de 51 assentos esportivos para os bancos de reserva/comissão técnica, 158 para obesos, 630 cadeiras giratórias para área de imprensa e 51 armários para vestiários.
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