O PT começou a se mexer para comandar o Conselho de Ética da Câmara a partir deste ano. Além de proteger os mandatos de deputados petistas e de aliados condenados no julgamento do mensalão, o partido poderia assim dirigir um eventual processo contra o chamado mensalão mineiro, que possa levar à cassação do deputado e ex-governador Eduardo Azeredo (PSDB-MG).
De acordo com o Globo, entre os mais cogitados para presidir o órgão estão Sibá Machado (PT-AC) e Nelson Pellegrino (PT-BA), ex-líder da legenda.
Sibá Machado foi um dos defensores mais ferrenhos da tese de que cabe à Câmara a última palavra sobre a assação dos mandatos de José Genoino (PT-SP), Valdemar Costa Neto (PR-SP), João Paulo Cunha (PT-SP) e Pedro Henry (PP-MT), condenados na ação penal 470.
"Só aceito se for uma orientação do meu partido. Vamos ter muita polêmica entre a Câmara e o STF. Já é uma briga pública e notória. E todos sabem que comungo da posição do ex-presidente Marco Maia, de que a Câmara não pode abdicar de seu poder de decidir sobre o futuro dos seus. Se vai aliviar ou não é outra coisa. O que não pode é entregar essa prerrogativa para terceiros", disse Sibá Machado.
Para chegar lá, o PT terá de enfrentar Ricardo Izar Júnior (PSD-SP), filho do falecido deputado Ricardo Izar, que presidiu o colegiado no escândalo do mensalão. Fernando Francischini (PEN-PR), opositor do governo, é outro candidato a presidir o conselho. Para ele, cabe à Câmara apenas confirmar a decisão do STF.
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