por Lucione Nazareth/VG Notícias
Os agentes de saúde e de endemias de Várzea Grande cobram do prefeito Walace Guimarães (PMDB), a certificação profissional, melhorias salariais e na qualidade de serviço. Atualmente 450 agentes trabalham no município.
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Endemias de Mato Grosso, Wilson Cutas, a categoria protocolou em janeiro deste ano, ofício pedindo o agendamento de uma reunião com o prefeito Walace, para discutir sobre melhorias para os agentes de saúde referente ao salário e a certificação da classe, mas até hoje não receberam uma resposta.
“Tentamos agendar uma reunião com o prefeito em janeiro e até hoje não recebemos uma resposta, mostrando uma total falta de comprometimento da administração com a categoria. Caso a administração municipal não nos convoque para conversar vamos iniciar uma sucessão de paralisação das atividades na próxima semana”, disse Cutas.
De acordo com ele, a certificação integral dos agentes comunitários e de epidemias deveria ter sido feita pela Prefeitura de Várzea Grande, no entanto, 15 anos após a criação da função no município nada foi feito para garantir uma “estabilidade” profissional para a categoria.
No ano passado, na gestão do ex-prefeito Sebastião dos Reis Gonçalves – o Tião da Zaeli (PSD)- foi criada uma comissão para certificação dos agentes. Na oportunidade chegou a publicar que 30 profissionais seriam certificados, porém, eles nunca foram convocados para a certificação e, além disso, o assunto foi esquecido pela administração municipal e nunca houve outro chamamento.
Os agentes buscam ainda, aumento salarial de pouco mais de 33%, passando dos atuais R$ 714 para R$ 950. O que chama atenção é que, segundo Wilson Cutas, a Prefeitura recebe do Ministério da Saúde o valor de R$ 950 por cada agente, repassando apenas R$ 714, sendo que no município de Rondonópolis o valor é repassado integralmente aos profissionais, mostrando assim um “desvio” de recurso.
“Queremos que a nobre administração municipal repasse este valor também integral para os agentes”, cobra o representante da categoria. Ainda segundo ele, o salário tem ainda um desconto “extra”, que é o vale transporte.
“O salário já é baixo e ainda temos que tirar dinheiro do próprio bolso para nós locomovermos para algumas regiões de Várzea Grande, ficando muito mais baixo o salário. Em Várzea Grande hoje os agentes têm que pagar para trabalhar, isso é um absurdo, uma aberração”, disparou Wilson.
Reivindicação da categoria - Os agentes cobram o processo de certificação, melhoria na qualidade de trabalho - como protetor solar, boletim para ficha de visita, crachá, uniforme-, vale transporte, rever a regulamentação do agente junto ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), Plano de Cargo, Carreira e Salários (PCCS), além de um aumento de 20% para 40% na salubridade.
Outro Lado - A reportagem do VG Notícias tentou entrar em contato com o secretário-adjunto da Secretaria Municipal de Saúde, Edson Vieira, no entanto, até o fechamento da matéria ele não atendeu e nem retornou as ligações.
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