O comovente caso da pequena Maria Vitória Lopes dos Santos, 2 anos e 7 meses, que morreu na última segunda-feira (08.11), vítima de maus-tratos, ganhou uma nova e triste versão. Maria, enquanto morou com os pais adotivos [tios], era semanalmente violentada por seu tio de sangue, além de sofrer agressões físicas com corda de curral e de ser privada de alimentação.
Maria Vitória ficou internada no Pronto-Socorro de Várzea Grande durante quatro dias em estado gravíssimo, entubada com suspeita de morte encefálica, e na última segunda (08), não resistiu e veio a óbito. Ela era vítima de maus-tratos e suposto sexual pelos tios, em Poconé (104 km de Cuiabá). Leia matéria relacionada - Morre no Pronto-Socorro de VG criança de dois anos que sofreu maus-tratos pelos tios
Depois de negar as acusações no primeiro depoimento, a suspeita acabou confessando com detalhes como ocorriam os estupros, e, que segundo ela, eram realizados duas vezes por semana, onde a criança chorava de dor e gritava "NÃO, NÃO, DOI, DOI".
A tia da menor por “afinidade”, disse que não tinha intenção de ficar com a menina, mas que teria sido um pedido da sogra antes de morrer, para que a criança não fosse para o abrigo. “A menina não é minha filha, não é do meu sangue e nem parente, aceitei mais porque é sangue do meu marido”, disse ela.
Ela admitiu, que há dois meses teria observado que o ânus da criança estava bastante machucado, alargado e que sempre depois dos estupros sofridos pela vítima, no dia seguinte, havia sangue na fralda. Conforme os autos, Maria Vitória era obrigada a desfilar nua e rebolar para satisfazer o prazer animal do tio. As imagens estavam no celular da suspeita.
Ainda, no depoimento, a mulher disse que é casada com o suspeito há 17 anos, e que no ano passado esteve grávida, mas aos oito meses perdeu o bebê com a notícia da morte do irmão, vítima de acidente de motocicleta.
No final do depoimento, a suspeita disse que também sofria agressões e ameaças do suspeito, que teria chegado a enforcá-la em uma ocasião que disse que iria contar sobre o que acontecia naquela casa.
Considerando a gravidade dos fatos e da grande comoção social causado com a morte da criança, os suspeitos permanecem presos.
Em um cartaz divulgado nas redes sociais, a família da criança clama por Justiça!
“Maria Vitória Merece Justiça. Essa luta é de todos nós”.
“Espancada, abusada e morta por quem deveria protegê-la, ama-la e educa-la”.
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